No começo desse ano, por acaso, comecei a ler um dos livros da Julia Quinn, “O Visconde e Eu”. Ambientado na Inglaterra, no ano de 1814, esse livro é o segundo livro de uma série que a autora escreveu sobre os Bridgertons, uma família de 8 irmãos (quatro mulheres e quatro homens), sendo que cada um ganhou um livro para contar sua história.
Comecei pelo segundo pelo simples fato que era esse que estava em promoção, e é justamente um tipo de livro que sempre me chama atenção: romance histórico. Sejam os clássicos, como os da Jane Austen, ou os mais moderninhos como são os da Julia Quinn, todos os costumes daquela época, a maneira de falar e as várias regras de etiqueta sempre me fascinaram (apesar de que eu não tenho tanta certeza de que gostaria de viver naquela época não).
E a partir daí, comecei a ler todo e qualquer livro que fosse romance histórico que eu consegui pôr minhas mãos. Quem olhar para a minha lista de livros lidos em 2014 até agora, vai me achar a louca dos romances históricos. Não sosseguei enquanto não acabei a série dos Bridgertons, depois ainda descobri que existiam outros livros que fazem parte de um spin-off dessa série e também li. Consegui ler a maior parte dos livros dela, tanto que me forcei a parar e começar a ler livros de outros autores para dar uma acalmada.
O fato é que, apesar de serem romances água-com-açúcar, desses que o fim é até meio previsível, a Julia Quinn descreve seus personagens muito bem. Apesar de serem oito da mesma família, por exemplo, cada um tem as suas características próprias, não dá para confundir uma heroína com a outra. O mesmo acontece com os homens da história.
Claro que a autora não escreve as histórias como se as mulheres vivessem nos dias de hoje. Assim, a maioria delas tem como maior objetivo o casamento e filhos, considerado a realização maior para as mulheres da época. Mas mesmo assim as suas personagens não deixam de ser fortes, muito menos são submissas.
Numa época na literatura em que os romances atuais tem cenas mais quentes e personagens femininas “modernas” que se dobram frente ao personagem masculino (e vamos lá, tem muitos best sellers assim), Julia Quinn escreve mulheres do século XIX que vivendo numa sociedade que não lhes dava muitos direitos, ainda assim conseguiam se impor perante a predominância masculina. E cada uma de um jeito diferente: algumas gritam, outras são mais contidas, mas nenhuma delas deixa de ter fibra.
Aliás, os livros da Julia tem sim um quê mais hot, mas nada como 50 Tons. E sempre com romance, mas também com acontecimentos engraçados, que às vezes te fazem cair na gargalhada, outros que te deixam com raiva. Já ouvi alguém chamar os livros dela de romance de banca, mas discordo (de novo, nada contra romances de banca: já li muitos nessa vida de leitora e não me envergonho disso). Acho que eles são mais elaborados que um romance de banca normal, principalmente em relação aos personagens.
Concluindo a história toda: vale a pena ler os livros, caçar pela internet os epílogos que acontecem entre um livro e outro, ler os spin-offs e os outros livros que ela escreveu. Não vai mudar a sua vida, mas nem todo livro precisa ter um impacto profundo no seu ser, não é mesmo?
[…] autora tem até um post só para ela aqui no blog, então meio que dispensa apresentações, mas só para lembrar que seus livros da […]
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