Nessa última segunda-feira, foi ao ar o segundo episódio da segunda temporada de Broadchurch. E olha, aconteceu tanta coisa que fica até difícil escrever sobre tudo.

As testemunhas do caso começaram a serem ouvidas. A primeira delas foi Beth Latimer, a mãe de Danny. Aos oito meses de gravidez, Beth foi obrigada a repassar os últimos momentos com seu filho Danny, inclusive contando em seu depoimento que perdeu a mãe no meio da dor da perda de Danny.
Ainda teve que aguentar a advogada de defesa de Joe Miller lhe perguntando sobre o caso de Mark, seu marido, com Becca Fisher, e admitir que sim, o marido já havia batido em seu filho.
A defesa (que não é burra nem nada, muito pelo contrário, obrigada) foi direto na jugular, requerendo à Juíza a desconsideração da prova mais forte da procuradoria: a confissão de Joe Miller. Com o argumento de que a prisão de Joe havia sido feita somente por Alec Hardy e que o acusado havia sido tratado por costelas quebradas por um ataque de sua esposa enquanto estava sob a custódia da polícia (coisa que o próprio Hardy teve que admitir como seu erro), não foi difícil para a defesa conseguir que a confissão fosse retirada do processo, já que poderia ter sido tirada à força.

Por mais que sim, a audiência fique brava com esse fato, já que sem a confissão uma condenação é agora muito mais difícil, foi uma maneira bem realista utilizada pela série, já que com certeza seria o que teria acontecido num caso real. Pontos para Broadchurch por não ter deixado o fato passar em branco.
Já no outro caso que está sendo desenvolvido nessa segunda temporada, o caso de Sandbrook, Hardy pediu para Ellie que o ajudasse a convencer Claire a conversar com Lee, seu ex-marido e principal suspeito (na verdade, Hardy está convicto de que o culpado) no caso de Sandbrook. Hardy quer alguma outra prova para conseguir finalmente condená-lo e acredita que  Claire pode tirar isso dele.

Claire e Ellie parecem estar virando amigas. As duas começam a conversar sobre seus maridos criminosos, e é então que descobrimos que Claire tem uma relação explosiva com o ex-marido, e aparentemente é algo como um vício. Ellie também conta de como conheceu Joe, e é triste pensar como ela foi traída por ele.

Com a ajuda de Ellie, Hardy prepara a sala de visitas da casa dos Miller, em Broadchurch, para que Lee e Claire possam conversar. Sob os protestos de Ellie, que não retornou à sua casa desde a prisão de Joe e tem que passar por um verdadeiro momento de sofrimento ao lembrar de sua vida ali, Hardy coloca câmeras por todos os lados da sala e então fica de tocaia para garantir que Lee não tentará nada contra Claire.
Mas os últimos momentos do segundo episódio são de matar, do estilo insira um palavrão aqui. Nige vê Ellie entrando na casa e imediatamente vai avisar Beth, porque é isso que você faz quando é um idiota como Nige. Beth então sai correndo para confrontar Ellie a respeito das revelações de que ela bateu no marido dentro da sala de inquérito e a confusão está armada.
No meio da briga, Lee e Claire desaparecem da sala (de uma maneira muito rápida, diga-se de passagem) e a bolsa da Beth estoura. Tudo isso num intervalo de dois minutos.

Muitas perguntas ficaram com esse episódio, mas a principal é: como Lee conseguiu convencer Claire (ou levá-la a força, mas essa é uma possibilidade muito pequena) a fugir com ele? Será que o tal vício é tão grande assim? E Lee é mesmo o culpado pelo crime em Sandbrook? A menina mais velha ainda está desaparecida, o que pode significar que ela está viva. Será que a história é outra?
E como a promotoria vai lidar com o caso de Danny agora, que a confissão dele foi desconsiderada?
O jeito é esperar pelo próximo episódio, mas uma coisa é certa: as coisas ainda vão piorar muito antes de começarem a melhorar.