28
04
2013

Acabei de Assistir: Journey to the Centre of the TARDIS – Doctor Who

Chegou sábado, e com ele mais um novo episódio de Doctor Who. Com o no mínimo curioso título Journey to the Centre of the TARDIS, o episódio chega às telas com a promessa de trazer mais imagens do interior da TARDIS, cômodos nunca vistos antes. Esse episódio foi escrito por Stephen Thompson, que antes só tinha escrito um outro episódio para Doctor Who, The Curse of the Black Spot, um episódio não tão memorável da também não muito memorável sexta temporada.

A pergunta que fica é: conseguiu o episódio cumprir o prometido? madman

O episódio começa com o Doctor tentando convencer a Clara a pelo menos tentar fazer as pazes com a TARDIS. Para ajudar suas meninas a se conhecerem melhor, ele coloca a TARDIS em seu modo básico para que a Clara possa tentar pilotá-la. Entra aí uma piada machista, em que o Doctor basicamente diz que a Clara só conseguiria pilotar nesse modo porque é mulher (sabe, acho que alguém que apesar de pilotar a TARDIS há uns 900 anos ainda consegue ir parar num submarino soviético quando tá tentando ir pra Las Vegas talvez não devesse fazer esse tipo de observação). doctor-clara

Enfim, a Clara mal toca no console da TARDIS e tudo pára: a nossa amada TARDIS foi capturada por outra nave, que aparentemente recolhe lixo espacial na esperança de achar algo valioso para depois vender. Normalmente, a TARDIS tem proteção quanto a esse tipo de coisa, mas como estava no modo básico…

Ao ser trazida a bordo da outra nave, o Doctor consegue sair, mas a Clara fica presa dentro da TARDIS, o que deixa o Doctor e seus três “voluntários” para encontrá-la. Coloco entre aspas porque o Doctor basicamente prende eles dentro da TARDIS e aciona o sistema de auto-destruição, ameaçando-os para que eles o ajudem a encontrar a Clara.

Enquanto isso, a Clara passeia por dentro da TARDIS, e é nessas cenas que a gente vê quartos que antes só tinham sido mencionados. Aparentemente, até o telescópio da mansão Torchwood, que a gente viu lá em Tooth and Claw, na segunda temporada, encontra-se dentro da TARDIS, além de um quarto com as memórias das companions (o berço do Doctor fez uma aparição, assim como a pequena TARDIS que a Amy fez quando criança), e a piscina também aparece, só de relance. library-tardis

O que me chamou a atenção foi a biblioteca da TARDIS: linda, eu poderia morar lá dentro. Tinha até a enciclopédia de Gallifrey, que aparentemente é conhecimento líquido, já que são frascos! Fiquei imaginando todos os livros que poderiam ter lá dentro. Se eu fosse uma companion, eu iria passar todo o meu tempo livre lá dentro. Eu já tinha amado o planeta Library, que o Doctor visitou com a Donna em Silence in the Library, mas de alguma forma o fato de que essa fica dentro da TARDIS faz o fato ficar ainda mais mágico.  E um livro acaba chamando mais a atenção da Clara. Também, num local de destaque e com um título desses, quem não ficaria curioso? booktimewar

E lógico, a Clara acaba descobrindo o maior segredo do Doctor: seu nome. Enquanto isso, o Doctor e os três ajudantes que na verdade só querem encontrar algo de valor e dar o fora dali ainda estão procurando a Clara. O problema é que a TARDIS não é uma nave qualquer e não deixa barato quando tentam roubar partes dela.

Não estou me prendendo muito aos três que ajudam o Doctor, mas basicamente são dois irmãos e um andróide que os ajuda, e o que é mais líder demora para entender que a ganância dele ali só vai o atrapalhar.

Muitas coisas wibbly-wobbly acontecem nesse episódio, o que já era de se esperar, com uma TARDIS danificada que tenta de todos os modos manter seu Doctor a salvo. Entre ecos da sala de controle e labirintos que nunca acabam, o Doctor descobre (após salvar a Clara de um ataque de um zumbi que está amedrontando todos dentro da TARDIS) que existe uma ruptura no tempo dentro da TARDIS. Para tentar salvá-la, ele tem que ir até o seu centro, tentar consertar o seu motor central. tardis-1

Mais uma aparição do Eye of Harmony, que já tinha aparecido em Hide, e antes disso numa aventura com o quarto Doctor e no filme com o oitavo Doctor. Um momento de tensão quando a Clara exige saber o que são as criaturas zumbis e o Doctor é obrigado a revelar que são eles mesmos e que ele tenta deixá-la a salvo, mas que ela morreu, de novo, porque aquele é o futuro próximo que está escapando pela ruptura. A Clara então exige saber quando ele já a viu morrer e o Doctor finalmente pergunta para ela o que devia estar o incomodando há muito tempo: se ela era uma armadilha. Ela fica totalmente surpresa, claro, e parece finalmente convencer o Doctor de que é uma mulher normal. Será?

E quando o Doctor finalmente chega na sala de motores, descobre que o motor já explodiu, e a TARDIS congelou o momento, mas isso não pode continuar daquela maneira. Essa cena é triste, em que o Doctor se sente inútil, já que a TARDIS sempre esteve lá para ele, e agora que é a vez dele ajudá-la, ele não consegue pensar numa solução.doctor-clara2

Uma solução bem wibbly-wobbly acontece aí, com direito ao Doctor pondo a cabeça dentro da ruptura para conversar com ele mesmo, mais cedo, e o dia é resetado, para antes do momento que o motor da TARDIS explodiu. E tudo volta ao normal.

Opinião geral sobre o episódio: eu gostei. Teve muita coisa que eu achei meio desnecessária e superficial, e toda a história dos personagens secundários não me atraiu nem um pouco. Mas o Doctor e a Clara estavam muito bem, a química dos dois para mim funciona melhor do que com qualquer outra companion que o décimo-primeiro Doctor tenha tido. E é legal ver o episódio mostrando o passado do Doctor, como outras companions ainda ocupam um lugar em um dos dois corações desse Time Lord. Mesmo que ele tente esquecer, a TARDIS lembra. foto2

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