Distopias são hoje uma grande parte do mercado literário de YA. Afinal, após o sucesso tremendo de Jogos Vorazes, várias outras distopias ganharam espaço, como A Seleção ou Delirium, e claro, Divergente, trilogia escrita pela Veronica Roth que acabou de ter o último livro da série lançado ontem (22/10), Allegiant. Aliás, grandes spoilers já tinham vazado antes do lançamento (com direito a PDF sendo distribuído na internet e tudo), inclusive teve gente que recebeu o livro antes da hora. Mas até que se confirmem os spoilers, a coisa ainda não tinha estourado do jeito que estourou.
E estourou mesmo. Essa não é uma resenha do livro, pois ainda não o li nem mesmo li o tal do PDF, então não posso dar minha opinião nesse sentido. Essa são apenas algumas observações a respeito das várias opiniões deixadas por quem já leu nos sites da internet (eu me concentrei mais nos comentários deixados no site Hypable e na Amazon.com, onde diga-se de passagem, a imensa maioria das reviews são negativas, com uma ou duas estrelas).
E por falar abertamente de spoilers, fica aqui o anúncio: NÃO CLIQUE NO LINK ABAIXO SE VOCÊ NÃO QUER SABER OS SPOILERS TANTO DE ALLEGIANT QUANTO DE JOGOS VORAZES (A ESPERANÇA):
Ok, se você clicou, obviamente, está pronto para algumas observações. Vou logo anunciar o grande elefante rosa no recinto: o spoiler maior de Allegiant é que a Tris, personagem principal da distopia e única narradora dos dois primeiros livros, morre. Anuncio logo assim, de cara, porque é esse o ponto mais discutido e criticado pelos fâs.
Quando fiquei sabendo desse spoiler, não fiquei surpresa. Afinal, quando estamos lendo uma distopia, essa é sempre uma grande possibilidade. Ora, em Divergente e Insurgente (esses eu li) a gente conhece e até se apega a alguns personagens, só para vê-los morrer duas páginas depois. Esse é um tema recorrente nos livros, então não acho que seja algo muito inesperado. Sinceramente, eu só me convenci de que a Katniss não ia morrer no final da trilogia Jogos Vorazes quando li a última palavra. A morte da irmã dela, a Prim, era algo que eu tinha certeza que ia acontecer desde o primeiro livro. Fazendo esse paralelo, não, a Tris morrer não é um choque. E infelizmente a gente percebe que muitas das opiniões negativas são de pessoas que não se conformam com a sua morte.
Claro, outro ponto que eu achei interessante e que foi muito levantado é que a morte dela teria sido usada mais com um fator chocante do que trabalhada para auxiliar no desenvolvimento da história. Outras críticas disseram que para justificar a morte do personagem principal, o autor deve ter em mente que aquela morte deve significar algo para o contexto. Concordo com isso, mas pelo que eu entendi, ela morre ao salvar o irmão da morte, o que num primeiro momento me parece de acordo com a personagem e com a história, mas claro, isso baseado no que eu li das opiniões dos outros. O fato de tantas pessoas baterem nessa tecla me faz imaginar que o desenvolvimento da história não convenceu. Mas isso acho que só poderei ter certeza ao ler o livro (que sinceramente não sei se vou ler ou quando vou ler).
Os pontos que mais me incomodaram, entretanto, não tinham tanto a ver com a morte da Tris. Muitas pessoas criticaram a decisão da Veronica Roth de escrever sob o ponto de vista do Tobias, não porque não quisessem saber da história dele, mas sim porque não fazia diferença, os dois pontos de vista pareciam ser contados pela mesma pessoa. Uma pessoa chegou a comentar que tinha que parar de ler o capítulo e voltar para lembrar qual dos dois estava contando a história naquele ponto. Gente, se esse problema realmente aconteceu, realmente totalmente inútil escrever sob o ponto de vista do Tobias.
Outro ponto recorrente nas críticas diz respeito ao desenvolvimento dos personagens: muitas pessoas criticaram o fato de que a Tris e o Tobias não teriam aprendido nada com as experiências pelas quais passaram, continuando os mesmos personagens que eram no fim de Insurgente. Citam inclusive crises de ciúmes e momentos de imaturidade. Isso é complicado julgar, até mesmo para quem leu o livro, mas achei interessante porque o paralelo era diretamente com a mãe do Tobias, que desiste de tudo por causa do filho. A maioria das pessoas era unânime em dizer que a mudança de atitude da personagem foi brusca e que veio do nada. Alguns chegam até mesmo a questionar se a mulher era bipolar.
Mas o fato principal é esse: se entre tantos fãs, a maioria acaba criticando nesse nível, é porque a história não convenceu. Num primeiro momento, claro, os ânimos sempre estão mais exaltados, mas na maioria das vezes tem mais gente defendendo a autora. Isso foi o que eu mais senti falta. Existem defensores de alguns pontos, mas sempre com algumas considerações…
EU NÃO ACREDITO QUE A TRIS MORRE!!! PQ JESUS PQQ?
Também não sei, mas acho que se a autora tiver escrito uma boa história, a morte dela vai ser explicada de uma maneira que não vai deixar de ser triste, mas que a gente poderá aceitar melhor. Isso só lendo pra saber.
li os dois primeiros livros e tb já havia lido que a tris morre ,o que não me chocou muito ,pois não gostei muito da forma que a personagem foi construída ,pra mim o personagem mais bem construido é o Four(Quatro).Gosto da idea da autora de uma cidade que na verdade é a “cura da humanidade” ,mas as facções não consiguir engulir ,acho que as pessoas são muito “divergentes” para serem encaixadas numa determina facçãozinha ,muitos fãs alegam que preferem Divergente a Jogos Vorazes pq no primeiro a mais ação e aventura ,mas pra mim não passou de birra jovem… Ler mais
Eu gostei de Divergente e de Insurgente, mesmo sabendo que tinha alguns problemas… não achei sem graça, mas consigo entender seu ponto de vista.
Eu gosto da Tris até certo ponto, para falar a verdade. Mas existem alguns problemas com a personagem mesmo.
Então, eu sou tributo e divergente, ou seja, sei do que estou falando. Primeiramente Divergente é muito diferente de Jogos Vorazes, o objetivo é outro, a história é outra, não tem nada a haver um com o outro. Eu gosto da Tris, porém não a amo, muitas vezes ela deixou a desejar, por isso que concordo com a sua opinião, o Four é bem mais interessante, por isso que a morte dela não me chocou. Agora, Divergente é uma trilogia feita para adoslescentes, não para adultos, todas as aventuras foram feitas para agradar adolescentes e nisso ela não deixou a… Ler mais
Eu gostei muito da Tris, ela tem seus maus momentos mas de todas as protagonistas de distopias ela é a que menos me irrita. Eu estava tão feliz de FINALMENTE um livro não se basear em um triângulo amoroso e agora fico sabendo o que a autora já pretendia, isso me deixa um pouco triste e como leitora não sei o que pensar. Quero escrever sobre os dois primeiros livros sem me afetar por essa informação mas sei que não vai ser fácil… Enfim acho que de qualquer maneira eu vou ler Allegiant porque preciso formar minha própria opinião, mas… Ler mais
To lendo Allegiant, e preciso defender a Veronica Roth nisso, faz todo sentido ela (Tris) morrer e eu ja imaginava isso. Quanto a usar dois pontos de vista não foi a melhor das ideias, mas da pra perceber a diferença entre o quatro (seu ponto de vista é um pouco mais poetico) e a tris. Mas quanto as criticas que os personagens não crescerm eu realmente acho q Veronica não tem defesa. O fato é que quem leu a Serie divergente esperando algo tão bom ou melhor que Jogos vorazes se decepcionou, mas quem leu de coração aberto e sem… Ler mais
Acabei de ler Allegiant – sim, não aguentei esperar – e chorei horrores com a morte da Tris. Achei que ela justificou muito bem a morte dela, e eu já previa isso com os atos de altruísmo. Maaas eu não consigo me conformar que o Tobias ficou sozinho e sofrendo, eu criei mil maneiras de ressuscitar a Tris e tinha como fazer isso, em que ela realmente poderia ter se sacrificado e voltado a viver, ou algo assim, a autora poderia ter deixado ela fazer isso sem matá-la. Meu Deus. Estou extasiada e vou cancelar o final do livro na… Ler mais
Ainda não acredito q a Tris morre…Ela é a personagem principal,e,como fica o Quatro?? ahhh
Pois é… Ainda não li o livro, mas devo admitir que perdi toda a vontade.
Não gostei do fim do livro, triste mesmo…
Gostei do livro Convergente, mas a Tris não devia ter morrido não. Eles deveriam ter amadurecido, parado com ciumeira boba e sido felizes. Mas já que ela morreu, o quatro devia ter refeito a vida dele, ficado com a Cristina, viúva que nem ele, é ter ficado feliz de novo. Quem fica viúvo é quem morre.