O tema sugerido para o mês de abril por um dos grupos muito amor do Facebook que eu participo, o Book Club, é adaptações literárias. Esse é um tema que eu gosto muito, inclusive aqui no blog tem até uma categoria de posts – que eu devia usar mais, na verdade – chamada Filme vs. Livro, que fala exatamente sobre as adaptações literárias para a tela do cinema.
Eu acredito que todo leitor tenha um sentimento ambíguo quando descobre que sua série de livros preferida vai virar filme: se por um lado é super legal saber que cada vez mais pessoas vão conhecer a história que você ama e vai dar para ver numa telona aqueles cenários que você antes só imaginava, por outro… será que vão fazer isso da maneira correta, como deve ser feito, respeitando a história e os personagens?
Já sofri muito com adaptações literárias dos meus livros favoritos. Ficava triste e magoada quando eles não ganhavam a adaptação que mereciam. Queria que tudo o que estivesse no livro fosse passado para a tela, sem tirar nem pôr. Hoje eu sei que eu tinha uma ideia muito utópica sobre adaptações. Primeiro porque eu não estava entendendo o que uma “adaptação” efetivamente significava e segundo, porque com essa mentalidade, eu acabava deixando de aproveitar as diferenças como algo a adicionar à obra.
E a verdade é essa mesmo: para aproveitar uma adaptação literária em sua integralidade, devemos abraçar ela como uma obra nova, uma complementação ao livro que lemos. Se ficarmos procurando todas as diferenças, o mais provável é que o filme (ou a série de tv) nos irrite mais do que nos divirta.
Claro, eu falo isso com uma calma e tranquilidade, até parece que eu não fico muito chateada com alguns detalhes. Mas é algo que eu tenho trabalhado na minha cabeça. Toda vez que vou assistir, levo toda a história do livro, mas já fico bem ciente de que não necessariamente a história vai ser contada da mesma maneira.
As razões para isso são várias, como por exemplo o fato de que é uma mídia diferente, de que ela deverá agradar também pessoas que não conhecem o livro e a – talvez – mais importante: num livro, o autor tem um espaço muito maior para explicar e descrever do que teria num filme. E é aí que, apesar de eu ficar brava quando alguns detalhes são simplesmente ignorados quando a história é filmada, eu tenho que admitir que é complicado mesmo ser tão completo.
Existem vários tipos de adaptações literárias para cinema: aquela que é inspirada pelo livro, mas não segue a mesma história por causa da maneira que ela é contada, como é o caso de Guerra Mundial Z; a que é inspirada pelo livro, mas acaba tomando um caminho tão diferente que você tem que lidar como se fosse uma obra de ficção dentro de outra, como acontece com o segundo filme de O Diário da Princesa (COMO.SE.ATREVERAM.A.TIRAR.O.MICHAEL.DA.MIA.??? – eu disse que a minha aceitação ainda não era perfeita); aquela que muda o mínimo possível, mais para contar a história nas telas, como é o caso de Perdido em Marte… Algumas alterações funcionam bem, outras não dá para entender.
Nunca vou aceitar, por exemplo, que no segundo filme da série Harry Potter, quem explica para o Harry o que é sangue-ruim é a Hermione. Não faz sentido, tendo em vista que é uma ofensa utilizada por família de bruxos e não teria porque o Ron, que tá ali do lado, responder, da mesma maneira que ele faz no livro. Ou a cena quando a Hermione que tenta proteger o Harry do Sirius, no terceiro filme. No livro, é novamente o Ron que, se apoiando numa perna quebrada, ameaça um homem que todos acreditam ser um assassino cruel para proteger o melhor amigo.
Como já deu para perceber, a maneira como os filmes trataram o Ron me irrita e muito. Não vamos nem começar com a Ginny, porque aí esse post vai ficar quilométrico. #defensoradosweasleys
Enfim, o mais legal de adaptações literárias é que elas podem expandir o universo literário e com isso aumentar a sua experiência. Às vezes vale a pena respirar fundo e ignorar algumas mudanças só para apreciar o que é bom.
E vocês, quais as suas adaptações literárias preferidas? E as que não suportam? Deixa aí nos comentários!
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Adaptações é um caso de amor e ódio haha Por mais que a nossa história favorita vá parar em outra mídia e assim, se popularizar mais, tem o outro lado. Eu era bem mais radical quanto a isso mas depois passei a perceber que não adianta querer que saia exatamente igual, pois é quase impossível que isso aconteça. Eu gosto da adaptação de perdido em Marte, pra mim funcionou super bem!Beijos!
Sim, também gostei bastante dessa adaptação. E é bem o que você falou mesmo, não adianta querer que seja igual.
Acredita que eu nunca li Guerra Mundial Z? E PRECISO? hahahahahha
Eu baixei pra ler e pretendo fazer isso em breve.
Eu já me acostumei..
Não vou pro cinema com grande expectativa, porque sei que nem sempre será igual..
Precisa mesmo, Clay. O livro é muito bom. Desses que eu tenho vontade de reler, sabe? Leia quando puder, eu acho sensacional. E sim, não adianta criar expectativas, é receita certa para a frustração…
Eu tenho melhorado muito na minha aceitação das adaptações literárias também. Lembro que saía revoltada do cinema em praticamente todos os filmes de Harry Potter. Uma coisa que me incomodava bastante é que sempre achei que eles tentavam forçar uma interação entre o Harry e a Hermione nos filmes, bem maior do que a que eles tinham nos livros. Hoje em dia tô tentando aceitar melhor que são formas diferentes de contar determinada história e que é praticamente impossível colocar num filme tudo que tem em um livro. Mas mesmo assim tem vezes que acabo me decepcionando bastante. Acho que… Ler mais
Eu me sentia exatamente assim quando saía dos filmes de HP. E sim, eles forçaram muito a interação entre os dois, que no livro é uma amizade forte sim, mas nos filmes eles enalteciam em detrimento à amizade entre o Harry e o Ron, e isso me deixava p. da vida.
Ah, e concordo com você: a adaptação de Jogos Vorazes ficou muito boa!
Na verdade, para ser bem sincera, eu não tenho problemas com adaptações. Não sei se porque eu vim do processo inverso (comecei com os filmes e depois migrei para os livros), eu sempre consegui separar muito bem os livros dos filmes. Hoje no blog eu até faço filmes x livros, e ai acabo prestando mais atenção nas mudanças e tals, mas no geral, não me incomoda muito. Eu super compreendo que mudanças na hora de adaptar são importantes, e entendo os fãs dos livros também, porque algumas mudanças são exageradas e tals. Mas não é algo que me faça odiar… Ler mais
Eu ainda estou num processo de aceitação, hahahaha. E não li nem assisti O Menino do Pijama Listrado, mas já ouvi muitos elogios sobre a obra!
Eu entendo sua frustração… Eu até entendo que o roteiro deve ser ADAPTADO, claro, então tem que tirar algumas coisas, modificar outras, agora e quando eles colocam coisas que sequer estavam no livro? Ah, isso é pra me matar de ódio, hahahaha!!!
Pois é, tem coisa que eu não consigo entender! Não dá!
Preciso ler esse Guerra Mundial Z!!!
Há eu nunca acho que o filme ficou bom o suficiente mas assisto mesmo assim kkkkk
http://novembro29.blogspot.com.br/
Precisa mesmo, eu amo o livro, é sensacional!
Venho melhorando muito a minha aceitação em relação a adaptações por ser a louca das séries da bbc que são adaptações de clássicos ou algo do tipo, eles ousam em vários pontos, não perde a essência e me leva a loucura com plots twists e afins, mas em relação a filmes eu ainda sou meio fresquinha!
Beijão
Ah, as adaptações da BBC são maravilhosas mesmo, todas as que assisti eu amei! <3
COMO. SE . ATREVERAM. A .TIRAR.O MICHAEL.DA.MIA 2
Que bom que eu não fui a única indignada com isso!! Como???!!