Categoria "Acabei de Ler"
04
03
2016

Entrevista com Everton Moreira, autor de Pétreos

No post passado, vocês leram um pouco sobre o livro Pétreos, escrito pelo Everton Moreira, parceiro do blog. Agora, vocês vão ler uma pequena entrevista em que ele conta um pouco mais sobre como foi criar esse universo, suas inspirações e planos para o futuro.

petreos01

1. Quais os motivos que o levaram a ambientar a história de Pétreos naquele momento histórico?

Escolhi um ambiente medieval porque queria uma história simples sobre valores; honra, lealdade, amizade; e a temática medieval é confortável para histórias com este teor. O fato de ser professor de história e ser mais ligado a História Antiga e Medieval também contribuiu bastante.

2. Com qual personagem do seu livro você melhor se identifica? Existe algum personagem que foi mais complicado de escrever?

Acho que todos tem um pouco de mim, mas o personagem no qual me vejo está na sequência que está sendo escrita. Quase todos os personagens deste primeiro livro são baseados em pessoas que conheço e conheci, mas não é nenhum deles que me representa. Tenho um apego muito grande pela postura da Iren, baseada na minha avó materna, a verdade é que gostaria de ter a força dela, mais do que a de Sir John ( baseado em meu avô materno). Os dois personagens mais difíceis foram Virtuo e Bernard. Virtuo é inspirado em um ex-aluno e atual amigo, acredito que seja o personagem mais complexo do livro… seus valores e suas emoções… tudo isto torna ele um dos mais queridos, mas também trabalhoso. Bernard é um exceção, não é baseado em ninguém, o conceito dele nasce com a vontade de homenagear Bernard Cornwell que é meu autor contemporâneo favorito; o fato de não ter baseado ele em uma pessoa real fez com que fosse difícil eu imaginá-lo.

3. Como foi o processo de publicação do livro Pétreos? Como escritor, qual a sua visão em relação ao mercado editorial brasileiro?

Difícil. As editoras pequenas e de médio porte são as que realmente trabalham com escritores inciantes. As grandes editoras são inacessíveis. Já as editoras das quais temos respostas, as de pequeno e médio porte, precisam que você colabore financeiramente com a obra. O mercado editorial brasileiro escolhe o comercial, o produto certo da venda, não existe uma abertura real para o surgimento de novos nomes e coisas do tipo.

4. Você cogita a ideia de escrever uma continuação, já que o fim da história apresenta essa possibilidade, ou Pétreos foi concebido como um livro único?

A resposta da segunda pergunta já entrega. Há uma continuação, mas apenas uma, a história desde o inicio foi concebida para ser contada em duas gerações.

5. Pétreos foi o primeiro livro que você escreveu? Pretende se aventurar mais no mundo da literatura?

Pretendo escrever a continuação de Pétreos e tenho o desejo de ambientar uma história durante a Revolução Cubana, contaria a história de um pequeno fazendeiro durantes os eventos na ilha. Penso também sobre um livro com tons poéticos ambientado no mundo circense.


Se você tiver interesse sobre o livro Pétreos, dá uma passadinha na página do livro no Facebook. Para adicionar o livro à sua estante no Skoob, clique aqui. Para informações sobre como adquirir o livro, clique aqui.

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02
03
2016

Acabei de Ler: Pétreos – Everton Moreira

petreos

Exemplar cedido pelo autor para resenha.

Sir John Taurio, Conde de Alandes e comandante do exército de Rehn, era o melhor amigo do Rei Beath desde a infância e juntos tornaram seu reino o mais forte de todos os conhecidos. A amizade, vista como a base de uma era de ouro, se rompe de maneira inconciliável diante de uma praga agrícola. O Conde acredita que todos devem racionar qualquer suprimento para que o povo consiga sobreviver à crise, enquanto o monarca deseja que os impostos sobre a produção subam para preservar os luxos da nobreza.
John não consegue aceitar as ordens de seu antigo amigo e lança seu condado em uma luta desesperada para se separar do reino. Os homens do condado de Alandes têm a escolha de lutar por um mundo novo que ainda não conseguem entender ou aceitar a exploração imposta pela monarquia. Com poucos aliados, Sir John decide não se render ao mundo que até então tinha defendido. Alandes, seu líder e seu povo buscam ser algo maior do que um simples território, eles precisam se tornar um sentimento de liberdade.

Autor: Everton Moreira
Editora: Garcia
Páginas: 264
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5 Estrelas

Quando o autor entrou em contato comigo para uma possível parceria, logo fiquei bem interessada no estilo de história que Pétreos conta. Além disso, acho importantíssimo sempre divulgar o trabalho de escritores nacionais, pois sinto que às vezes não é dado o valor necessário à nossa literatura. Claro, na escola somos obrigados a ler os clássicos (que também são importantes) mas a literatura contemporânea brasileira não recebe o destaque merecido. Fico feliz de poder falar do livro Pétreos aqui no blog, ajudando a divulgar o trabalho do Everton Moreira.

Pétreos é uma história medieval e seu personagem principal é Sir John, Conde, comandante do exército e amigo de infância do Rei Beath, do Reino de Rehn. Porém, quando uma praga diminui a quantidade de comida que será produzida, prevendo uma crise, Sir John propõe ao seu Rei que cortes sejam feitos, principalmente quanto ao privilégio dos nobres, garantindo assim a sobrevivência de todos. Porém, a solução dada por Beath é o aumento de impostos para os agricultores (qualquer semelhança com a história do nosso país é mera coincidência). Diante da negativa do Monarca, ele se vê na difícil posição de enfrentá-lo e com isso acaba declarando seu condado, Alandes, um reino e ele mesmo, seu relutante Rei.

Claro que essa traição não é bem vista pelo Rei Beath, que declara guerra ao povo de Alandes. O que observamos a partir daí é o início de um reino em Alandes, onde novos personagens serão apresentados e pessoas do povo, camponeses e artesãos, serão envolvidos nessa guerra e trarão cada qual seus conhecimentos para vencer o exército muito melhor treinado do Rei de Rehn.

Fiquei bastante envolvida na leitura, principalmente pela maneira como as relações familiares de Sir John e também aquelas de amizade entre os seus súditos são apresentadas. É difícil não torcer por Alandes, especialmente porque a construção do Reino, visualizada por John, é feita de forma a valorizar todos os que fazem parte dele, sem se deixar levar por títulos de nobreza. Para o Rei John, todos devem ter a mesma importância, não importando a sua nascença.

Fui pega de surpresa com algumas perdas ao longo da história, mas achei bem pertinentes também, já que estamos falando de uma guerra e seria irreal se as perdas acontecessem somente para um dos lados. Achei muito interessante como o Rei John lidera suas tropas e as estratégias que ele se utiliza para que, mesmo com menos homens, ele possa ter uma chance.  Mesmo as mulheres foram bem utilizadas e fazem sua presença ser reconhecida.

Gostei muito da leitura e definitivamente recomendo para todos que quiserem conhecer um pouco mais sobre essa história. Existe algum livro nacional que você recomenda? Deixe nos comentários para que eu possa conhecer também!

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27
02
2016

Acabei de Ler: Por Lugares Incríveis – Jennifer Niven

Por Lugares Incríveis foi o primeiro livro que eu li por indicação do Book Club, um grupo no Facebook onde todos leem o mesmo livro e comentam sobre ele. O projeto é muito legal e ainda escolhe uma tag por mês para os participantes responderem (inclusive, já postei a de fevereiro no blog). Quem tiver interesse, vale a pena dar uma olhada. E esse primeiro livro foi uma ótima indicação.

porlugaresDois jovens prestes a escolher a morte despertam um no outro a vontade de viver.

Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, Violet se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família.

Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar os lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los.

Título Original: All the Bright Places
Autor: Jennifer Niven
Editora: Seguinte
Páginas: 336
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5 Estrelas e Favoritado

Apesar da capa brasileira remeter à infância, com os bloquinhos de madeira, Por Lugares Incríveis vai tocar em assuntos muitas vezes considerados tabus, como depressão e impulsos suicidas. O livro conta a história de Finch e Violet, que estudam na mesma escola mas fazem parte de dois grupos totalmente diferentes. Apesar de parecer que não tem nada a ver um com o outro, os dois acabam se encontrando de uma maneira bem inusitada: no topo da torre da escola, olhando para baixo e contemplando como seria morrer.

A partir daí, um elo parece ter se formado entre os dois. Finch vê em Violet a possibilidade de poder ser ele mesmo, de alguém para quem poderá contar segredos obscuros sem ser julgado ou chamado de maluco. Graças a um projeto para a aula de geografia, os dois passam mais tempo juntos, visitando locais incríveis de seu estado.

Logo, Violet também começa a entender que a amizade com Finch é algo que a ajuda a lutar contra seus próprios medos. Desde um acidente de carro onde perdeu a irmã mais velha, ela se sente pouco a pouco morrendo por dentro: não anda mais de carro, não escreve mais (algo que amava fazer) e se sente cada vez mais sozinha. Finch a ajuda a sair um pouco de sua bolha, a experimentar novamente novas sensações.

A história de Finch e Violet é uma história de superação, mas também mostra que os rótulos que normalmente colocamos nas pessoas à nossa volta podem ser extremamente prejudiciais, já que nunca sabemos exatamente pelo que o outro está passando. Por Lugares Incríveis põe à prova essa mania ridícula que nós temos de julgar e ainda mostra a importância do apoio familiar, principalmente em oferecer ajuda e não ignorar sinais.

O livro traz muitas lições e conforme nos apaixonamos pela complexidade de Finch e Violet, conseguimos entender um pouco melhor, talvez, que nem tudo é preto e branco. O enredo com certeza nos leva à lugares incríveis, mesmo que não sejam pontos turísticos e sim, locais onde aprendemos um pouco mais sobre a natureza humana.

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25
02
2016

[TAG] Esse Ou Esse

Hoje tem uma tag que a Ana Carolina do blog Café com Flores me indicou para responder.  Achei a ideia bem divertida e também uma maneira de vocês conhecerem um pouco mais sobre o meu gosto literário. Vamos lá?tagesse

As regras são as seguintes:

– Colocar o blog de quem te indicou no inicio do post √

– O livro que dá inicio é o livro ganhador da pessoa que te indicou √

– Seguindo a lista de indicados pela pessoa que te indicou a tag, você deverá ir escolhendo de acordo com a ordem se: deixa o livro que lidera a batalha ou escolhe a nova opção dada e abaixo explica o porquê. √

Os livros escolhidos pela Ana Carolina foram:

Uma história de amor e toc – Corey Ann Haydu

Eu, você e a garota que vai morrer – Jesse Andrews

Mentirosos – E. Lockhart

Extraordinário – R.J Palácio

E o livro ganhador dela é: tag

Vamos às batalhas!!!

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23
02
2016

[Book Club] 12 Meses na Estante

Hoje aqui no blog vou responder mais uma tag, a 12 Meses na Estante. Essa tag foi proposta por um grupo do qual eu comecei a fazer parte lá no Facebook, o Book Club, e ela consiste em apresentar livros que atendam a certos quesitos, relacionados aos meses do ano.

12meses02

1. Janeiro – o mês que inicia um ano novo: Um livro com uma citação que você goste.

12-1

“Claro que está acontecendo em sua mente, Harry, mas por que isto significaria que não é real?”

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21
02
2016

Meus (vários) problemas com The Maze Runner

No fim do ano passado, resolvi finalmente ler The Maze Runner: Correr ou Morrer, escrito por James Dashner. Tinha ouvido algumas críticas boas sobre o livro, então fiquei curiosa para saber o motivo de tanto hype.

Acabei lendo a trilogia inteira, um livro atrás do outro e, se você procurar minhas resenhas no Goodreads, verá que a menor classificação da série é três estrelas, para o último, o que normalmente significaria que se trata de uma trilogia que eu gostei bastante.

Porém, isso não é verdade nesse caso. The Maze Runner é o tipo de série de livros em que o enredo e a ação constante acabam por disfarçar problemas na caracterização e desenvolvimento dos personagens, bem como grandes falhas na justificativa para o universo criado pelos livros.

Durante a leitura, acabei por identificar vários desses problemas e resolvi listá-los aqui. Claro, não é um livro que eu desaconselho a ler, aliás acho que é uma leitura envolvente, mas não dá para ignorar que os pontos falhos podem, após finalizada a leitura, deixar o leitor um pouco frustrado.

Basicamente, The Maze Runner conta a história de Thomas, que acorda sem nenhuma memória e descobre que está preso em um labirinto com um grupo de meninos, alguns ali já há algum tempo. Eles não sabem o motivo de estarem ali, apenas tentam sobreviver aos perigos que moram no labirinto. Esse frágil equilíbrio é posto à prova quando, pela primeira vez, uma menina aparece e entra imediatamente em coma após suspirar o nome de Thomas.

Existem muitos problemas com a série, e eu tentei explicar um pouco deles nesse post. Já aviso, porém, que alguns spoilers podem aparecer por aqui.

Ah, e como vou falar sobre problemas que aconteceram durante o livro, pode ser que quem não leu ainda fique um pouco perdido, hahahaha.

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17
02
2016

Acabei de Ler: O Refúgio do Marquês – Lucy Vargas

refugio“Agora você é meu refúgio e, com certeza, o mais belo”.

Henrik e Caroline não poderiam ser mais diferentes.

Ele, o Marquês de Bridington, é um homem selvagem e inapropriado, que vive há anos no campo, fugindo dos fantasmas do seu passado obscuro e repleto de segredos.

Ela, Caroline Mooren, a Baronesa de Clarington, é uma jovem destemida, com um passado doloroso, que recebe a missão de reformar a mansão e talvez o marquês, ao menos é o que a marquesa viúva espera.

Ele é um caso perdido. Ela é uma mulher com um futuro incerto. Mas juntos, eles se completam e acendem a chama da paixão, que ambos acreditavam estar completamente extinguida, trazendo à tona segredos e temores que ambos escondem.

Se reerguer sob o peso do passado será uma batalha que ultrapassará os limites do refúgio que o marquês pensa ter construído, mas será que o amor é capaz de ultrapassar tantas barreiras e vencer, ou eles perderão tudo outra vez?

Autor: Lucy Vargas
Editora: Charme
Páginas: 310
Avaliação: 3/5
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O post de hoje não é apenas sobre um romance histórico, como também é sobre um livro escrito por uma autora nacional. Lucy Vargas é carioca e já tem vários livros publicados, mas esse foi o meu primeiro contato com a escrita da autora.

Meu amor por romances históricos não deve ser novidade para ninguém, afinal, vivo dando dicas de livros por aqui. Mas O Refúgio do Marquês encontrei quase por acaso, no Kindle Unlimited. A sinopse me pareceu interessante, a capa me chamou a atenção e eu decidi dar uma chance para a história. Não me arrependo.

Aqui, nos é contada a história de Caroline Mooren, uma mulher jovem porém já viúva. Seu primeiro casamento não foi muito feliz e, mesmo seu marido tendo sido um Barão, ainda assim não deixou muita coisa para ela, de forma que ela aceita a proposta de uma parente para que vá viver com o filho dela e tome conta de sua propriedade, contratando empregados, treinando os que já estão ali e fazendo as reformas necessárias na casa, que está caindo aos pedaços.

É assim que ela conhece Henrik, o Marquês de Bridington, um homem rude que esconde muitos segredos. Ah, e ele é casado. Sua esposa, porém, é enferma e não sai da cama, mas seus gritos e suas acusações sem fundamento logo mostram a Caroline que seu trabalho ali é bem mais complicado do que imaginava. Há também a filha do casal na história, uma criança criada com amor pelo pai, mas que sofre com a fúria da mãe. Além disso, as moças da região vêem em Henrik uma oportunidade de casamento, já que acreditam que logo ele ficará viúvo.

A premissa da história não é nada inovadora e não é difícil adivinhar qual o caminho que a história vai tomar. A personagem principal é uma mulher com convicções fortes, mesmo tendo um passado um tanto quanto problemático. É interessante observar sua amizade com a marquesa viúva, a mãe de Henrik, e também como ela toma as rédeas de uma situação que parece impossível.

A narrativa é envolvente e mesmo que não traga muitas surpresas, ainda assim faz com que o leitor se importe com os personagens e queira saber o destino deles. É uma leitura rápida e de fácil compreensão. Uma crítica porém que eu sinto que devo fazer é, sendo a autora brasileira, por que não ambientar seu romance histórico no Brasil? Eu entendo a atração pelos títulos de Duque, Barão e etc. e pelos decoros britânicos, mas sinto falta de romances históricos que tragam o Brasil como cenário. Por que não inovar nesse sentido?

Mas fico feliz de ler uma autora nacional e ver que nossa produção de livros para lazer também tem recebido atenção.

Já leram algum livro da autora? E romances históricos que se passem no Brasil?

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13
02
2016

Acabei de Ler: Sombra e Ossos – Leigh Bardugo

sombraeossosAlina Starkov nunca esperou muito da vida. Órfã de guerra, ela tem uma única certeza: o apoio de seu melhor amigo, Maly, e sua inconveniente paixão por ele. Cartógrafa de seu regimento militar, em uma das expedições que precisa fazer à Dobra das Sombras – uma faixa anômala de escuridão repleta dos temíveis predadores volcras –, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros e ficar brutalmente ferido. Seu instinto a leva a protegê-lo, quando inesperadamente ela vê revelado um poder latente que nunca suspeitou ter.

A partir disso, é arrancada de seu mundo conhecido e levada da corte real para ser treinada como um dos Grishas, a elite mágica liderada pelo misterioso Darkling. Com o extraordinário poder de Alina em seu arsenal, ele acredita que poderá finalmente destruir a Dobra das Sombras.

Agora, ela terá de dominar e aprimorar seu dom especial e de algum modo adaptar-se à sua nova vida sem Maly. Mas nesse extravagante mundo nada é o que parece. As sombrias ameaças ao reino crescem cada vez mais, assim como a atração de Alina pelo Darkling, e ela acabará descobrindo um segredo que poderá dividir seu coração – e seu mundo – em dois. E isso pode determinar sua ruína ou seu triunfo.

Título Original: Shadow and Bone 
Autor: Leigh Bardugo
Editora: Gutenberg
Páginas: 288
Avaliação: 4/5

Eu enrolei muito para começar a ler a trilogia Grisha, da qual Sombra e Ossos é o primeiro livro. Para vocês terem uma idéia, eu tenho os dois primeiros volumes em inglês, comprados já há alguns anos pelo Book Depository (se você ainda não conhece o site, falo um pouco sobre ele nesse post) principalmente porque eu amei a capa.

Mas aí, sabe como é, outros livros chegaram, a trilogia tinha vários termos próprios e eu fiquei meio intimidada de ler em português. Enrolei tanto que a editora Gutenberg acabou lançando todos os livros em português e eu ainda não tinha lido. Acabei comprando o box e agora eu tenho, além dos dois primeiros em inglês, a trilogia inteira em português.

Mas nesse Carnaval, resolvi tomar vergonha na cara e começar a ler a série, afinal já não tinha mais desculpas. E para minha surpresa, apesar de sim, os termos próprios, como Grishas, Corporalki, Etherealki e Materialki, serem bem diferentes e usados várias vezes durante a narrativa, não é algo que dificulta a compreensão do leitor, contribuindo para uma leitura fluida.

Logo o leitor é envolvido pela história de Alina e o fato de os cenários mágicos serem descritos na medida certa facilita para imaginar as sensações pelas quais passa a personagem principal. O monstro Volcra logo toma forma na sua mente, bem como o medo que resulta de sua aparição. O esplendor do Pequeno Palácio também não é difícil de ser imaginado e com isso, você é transportado para dentro da história.

O universo criado pela autora é rico em magia, mentiras e traições. Porém, algo me incomodou durante a leitura: o romance. Se posso destacar um ponto fraco na leitura, seria o fato de que todo o amor que Alina declara sentir por Maly parece desafiar a lógica, já que não sinto nenhuma reciprocidade. Além disso, quando finalmente nos reencontramos com Maly, nada parece ser desenvolvido e por isso, não consegui ser conquistada pelo personagem. Aliás, o Darkling me parece muito mais interessante do que Maly.

Mesmo com os problemas que tive em relação a isso, ainda assim gostei muito da história e já estou lendo o segundo livro da série, Sol e Tormenta.

E vocês, o que acham desse tipo de livro?

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06
02
2016

[Blogueiros Geeks] Minha Lista Para Um Carnaval Nerd

Carnaval não é a festa para mim. Eu acho legal por ser parte da cultura brasileira e respeito quem gosta, mas como não sou fã nem de muita gente junta pulando, calor ou som alto, vocês podem imaginar como eu fujo da bagunça do carnaval.

Mas tem uma parte muito boa do carnaval que eu amo: o feriadão! Carnaval são quatro dias de folga para você fazer o que quiser, seja correr pro meio dos foliões, seja para, como eu, se esconder entre os livros e séries preferidos que você não tinha tempo para pôr em dia.

Aqui vai a lista dos livros e séries que pretendo ler e assistir até quarta-feira, quando o ano começa no Brasil:

(mais…)

03
02
2016

Acabei de Ler: Sr. Daniels – Brittainy C. Cherry

srdanielsUm amor proibido no melhor estilo de Romeu e Julieta Depois de perder a irmã gêmea para a leucemia, Ashlyn Jennings é enviada pela mãe descompensada para a casa do pai, com quem mal conviveu até então. Devastada, Ashlyn viaja de trem para Edgewood carregando poucos pertences, muitas lembranças e uma caixa misteriosa deixada pela irmã. Na estação, Ashlyn conhece o músico Daniel, um rapaz lindo e gentil. A atração é imediata, e, depois de um encontro romântico, os dois descobrem que compartilham não só o amor pela música e por William Shakespeare, mas também a dor provocada por perdas irreparáveis. O único problema é que, quando Ashlyn começa o ano letivo na escola onde o pai é diretor, descobre que Daniel é o Sr. Daniels, seu professor de inglês, com quem não pode de jeito algum ter um relacionamento amoroso. Desorientados, os dois precisam manter seu amor em segredo, e são forçados a se ver como dois desconhecidos na escola. E, como se isso já não fosse difícil o bastante, ainda precisam tentar de todas as formas superar problemas do passado e sobreviver a alguns conflitos inesperados e dramáticos que a vida apresenta – e que poderiam separá-los para sempre. Para fãs de Colleen Hoover, de Jamie McGuire, e leitores do gênero New Adult.

Título Original: Loving Mr. Daniels
Autor: Brittainy C. Cherry
Editora: Record
Páginas: 322
Avaliação: 3/5

Sr. Daniels é um New Adult que apresenta uma relação complicada: um amor proibido entre professor e aluna. Apesar de não enveredar por problemáticas legais (Ashlyn tem dezenove anos e Daniel, vinte e três), existe sim uma problemática ética, que é colocada de lado por causa dos traumas pessoais dos personagens e acaba não sendo citada, algo que me decepcionou um pouco.

Afinal, esse tipo de relação envolve mais do que simplesmente sentimentos e leitores podem ser levados a acreditar que ter relacionamentos amorosos com seus professores é algo emocionante e isso pode sim resultar em relacionamentos abusivos.

Mas essa história não vai entrar nesse mérito. De fato, o foco geral do enredo é o grande amor entre o Daniel (que sim, é Daniel Daniels) e Ashlyn e em como esse sentimento vai guiando os dois. É uma trama envolvente, a escrita é bem fluida e a autora consegue fazer com que o leitor se importe com o destino dos personagens.

Em alguns pontos, o drama é exagerado e são muitos acontecimentos, de forma que chega a parecer algo forçado. O amor à primeira vista e a maneira como os personagens instantaneamente acreditam que no outro está a sua salvação é algo que me incomodou demais. Mas acredito que o final compensou um pouco isso.

No geral, é um bom livro. Não é uma leitura essencial e nem ao menos um dos melhores do gênero, mas é algo que entretém e quem gosta desse tipo de leitura deve aproveitar bem.

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