É nessa sexta-feira!!!! Daqui a dois dias, a Netflix finalmente vai liberar para a gente os treze episódios de Marvel’s Jessica Jones. Já deu para perceber o quanto eu estou ansiosa para assistir a série. Ansiosa, aliás, como há muito tempo não ficava para nada.

Para ajudar, nessa semana o elenco inteiro (inclusive o babaca que interpreta o vilão da história, Kilgrave) estão a todo o vapor trabalhando na divulgação da série.

Muita gente com quem eu converso diz que vai assistir a série por causa do David Tennant, e como vocês sabem, eu não vou discutir com esse lindo argumento, até mesmo porque do jeito que eu acompanho a carreira dele ia ser um pouquinho hipocrisia da minha parte.

Mas Jessica Jones tem tudo para ser fantástica por outros motivos além do babaca que é o David Tennant (já deu para perceber que eu uso a palavra babaca de um jeito diferente do tradicional né? quando eu gosto demais eu chamo de babaca). E aqui vão alguns deles:

1. É a primeira série da Marvel com uma protagonista feminina com superpoderes.

Eu já mencionei isso aqui em outro post sobre a série, mas sim, Jessica Jones é a primeira protagonista de qualquer coisa no universo cinematográfico da Marvel que tem superpoderes e a segunda protagonista mulher em qualquer coisa nesse universo (a primeira foi Peggy Carter, de Agent Carter).

E isso é extremamente importante. Nós temos que exigir mais representatividade feminina. Mulheres podem ser tão interessantes (e muitas vezes bem mais interessantes) do que aquela velha história batida do super-herói sofrido. Nós somos mais do que interesse romântico. E tá mais do que na hora das grandes produtoras se tocarem com isso.

2. Jessica Jones não é sua heroína comum.

Aliás, Jessica já deixou para trás sua fase de heroína. A série acompanha a vida de Jessica depois que ela desistiu de ser uma e agora, tudo o que ela quer é trabalhar para ganhar uns trocados e pagar as contas e suas bebidas.

Essa ideia anti-herói de Jessica Jones abre um oceano de possibilidades para explorar a complexidade da personagem. Por que ela deixou de ser uma super-heroína? Por que ela procura refúgio nas bebidas?

3. As amizades de Jessica

Uma das personagens que foram comentadas por quem já assistiu os sete primeiros episódios da série foi Trish Walker, que num primeiro momento as pessoas achavam que poderia ter sido uma ex da Jessica (o que teria sido sensacional) mas que acabou sendo revelado que seria talvez uma irmã adotiva. Acho que só vamos saber mesmo com a estréia na sexta-feira.

Mas o interessante é que os membros do elenco e a roteirista, Melissa Rosenberg, fazem questão de frisar que essa amizade entre as duas é muito importante. Num mundo onde muitas personagens femininas são definidas apenas por seus relacionamentos amorosos, saber que foi dada uma atenção especial para a relação de amizade entre duas mulheres é um alívio.

4. O relacionamento de Jessica e Luke

Porque as personagens femininas não devem ser definidas apenas por seus relacionamentos amorosos, mas isso não quer dizer que eles deixem de fazer parte da vida da personagem ou que ter um parceiro a enfraqueça. E Luke Cage parece ser o tipo de parceiro que está ali para enriquecer a história de Jessica, e não tomar conta de tudo.

Se a série seguir a linha de Alias, a HQ que apresentou Jessica Jones ao mundo da Marvel, o relacionamento dos dois não vai ser nada açucarado. Muito pelo contrário, Jessica é uma mulher que não tem medo de ir atrás do que quer em sua vida sexual, e esta faceta também é uma parte importante de sua vida. E é muito bom ver isso traduzido para as telas.

5. No fim das contas, a história é sobre a Jessica e como ela lida para conviver e sobreviver com seu passado

Jessica Jones é uma sobrevivente. Ela é uma personagem que parece muito real, que nem sempre toma as decisões certas, mas que acima de tudo está tentando sobreviver e lidar com memórias terríveis e com seu transtorno pós-traumático.

Esse espírito lutador dela é algo que parece muito atrativo. As várias resenhas e artigos daqueles sortudos que já assistiram os sete primeiros episódios sempre comentam que Krysten Ritter arrasa no papel e que é muito fácil sentir empatia pela personagem. Muitos elogios também foram feitos à maneira como a série apresenta o trauma de Jessica e todas as consequências disso na vida dela.

Resumindo…

Jessica Jones está trazendo algo novo ao universo cinematográfico da Marvel. Pelo que já deu para perceber pelos trailers, a sensação de que se trata de algo que alguns artigos já chamam de purple noir, onde o jogo de sombras ajuda a criar um ambiente de suspense e que ao assistir nós ficaremos, como Jessica, sempre no nosso limite.

E sim, bem, o vilão Kilgrave (cujo nome perdeu um l na série, já que na HQ ele é Killgrave) também é um motivo pelo qual estou ansiosa pela série. Não só por ele ser interpretado por David Tennant, meu ator favorito, mas porque como vilão, ele também parece ser muito interessante. O fato de ele sempre conseguir o que quer e a maneira como isso será explorado na série é algo que me deixa super curiosa. Fora que acho que ele vai dar um show de interpretação aqui.

Mas existem outras razões pelas quais vale a pena até flertar com a ideia de acordar às 5 da manhã (horário exato que os episódios serão liberados) na sexta-feira para tentar assistir o máximo de episódios possíveis antes de ir para o trabalho.

E sim, eu estou pensando seriamente em fazer isso. Depois eu conto para vocês se deu certo.