Eu estava bem curiosa a respeito da série de livros que começa com “A Desconstrução de Mara Dyer”. A capa, uma fotografia de uma menina embaixo d’água, aparentemente se afogando, chama bastante a atenção. Algumas resenhas que eu li também frisavam bastante que a Mara, personagem principal da história, estava sempre duvidando de si mesma, já que por sequelas de um acidente que sofreu, não lembrava de muitas coisas e outras parecia que havia imaginado. Parecia um livro interessante.
Um grupo de amigos…
Uma tábua ouija…
Um presságio de morte.
Mara Dyer não estava interessada em mensagens do além. Mas para não estragar a diversão da melhor amiga justo em seu aniversário ela decide embarcar na brincadeira. Apenas para receber um recado de sangue. Parecia uma simples piada de mau gosto… até que todos os presentes com exceção de Mara morrem no desabamento de um velho sanatório abandonado. O que o grupo estaria fazendo em um prédio condenado? A resposta parece estar perdida na mente pertubada de Mara. Mas depois de sobreviver à traumática experiência é natural que a menina se proteja com uma amnésia seletiva. Afinal, ela perdeu a melhor amiga, o namorado e a irmã do rapaz. Para ajudá-la a superar o trauma a família decide mudar para uma nova cidade, um novo começo. Todos estão empenhados em esquecer. E Mara só quer lembrar. Ainda mais com as alucinações – ou seriam premonições? – Os corpois e o véu entre realidade, pesadelo e sanidade se esgarçando dia a dia. Ela precisa entender o que houve para ter uma chance de impedir a loucura de tomá-la….
Título Original: The Unbecoming of Mara Dyer
Autor: Michelle Hodkin
Série: Mara Dyer
Editora: Galera Record
Páginas: 375
Adicione: Skoob | Goodreads
A Desconstrução de Mara Dyer, primeiro livro da trilogia Mara Dyer, conta a história de Mara (não, sério? – tá, desculpa, vou tentar parar de escrever o nome dela aqui), uma garota que vivia uma vida normal e tinha uma melhor amiga, a Rachel, e tudo estava bem até que chegou na cidade Claire Lowe, que aparentemente tenta a todo custo “roubar” sua melhor amiga.
Numa noite, após Claire insistir, as meninas e o irmão de Claire (e aparentemente namorado de Mara) Jude, resolvem explorar um hospital psiquiátrico que já estava abandonado e condenado, que é uma aventura normal para os adolescentes da região. Mas então o local desaba e a única sobrevivente do acidente é Mara.
Ela acorda no hospital, sem memória nenhuma do que aconteceu e com as pessoas ao seu redor a tratando de forma estranha. Para escapar de todas as memórias que poderiam ser traumáticas, a sua família se muda para Miami, Flórida, onde ela tenta voltar a levar uma vida normal, com a ajuda do irmão mais velho, Daniel.
O problema é que ela começa a ter visões de acontecimentos que não sabe ao certo se aconteceram ou não, e tudo acaba ficando bem confuso. É também em Miami que ela irá conhecer Noah Shaw e junto com ele começar a desvendar o que há de errado com ela.
Como até o título do post já revela, infelizmente, a história foi uma baita decepção para mim. Muito disso teve a ver com as expectativas que eu tinha para esse livro: eu acreditava que ele seria um thriller psicológico, com a personagem principal sofrendo de transtorno pós-traumático e tendo problemas em definir o que seria realidade e o que seria sua imaginação. Mas o livro acaba indo para um caminho mais paranormal, onde alguns personagens tem poderes, que porém não são definidos por completo, de forma que eu me senti perdida durante a leitura – e não de uma forma boa.
Mesmo eliminando toda a minha decepção com a parte sobrenatural do livro, vários outros pontos me incomodaram durante a leitura. O primeiro deles é a insistência de Mara em julgar toda outra menina a seu redor. Além de Rachel, ela não confia em nenhuma outra personagem feminina e constante julga as colegas de sala pelo que elas vestem ou pela sua vida sexual. Ela não tem amigas e se acha superior às meninas, parecendo estar em constante competição com as outras.
E o outro grande problema que eu tive com esse livro é Noah Shaw, o clichê ambulante. Ele é o típico bad boy gostosão, que é rude e trata todas as meninas mal, com a exceção de Mara (se bem que no começo, nem ela escapa). Noah é rico, lindo, gostoso e inglês. Sim, meninas, imaginem esse sotaque, uau! Ou seja, um baita clichê. O pior para mim é quando ele começa a dizer para Mara o que ela deve fazer, o que desde já demonstra que esse relacionamento não é saudável.
Eu também posso citar aqui minha decepção com a grande reviravolta do final, mas acho que já estava tão decepcionada com esse livro que quando cheguei ao fim nem tive ânimo para isso.
Muitas pessoas amam essa história e talvez na continuação ela melhore, mas sinceramente para mim ler o primeiro livro da série foi suficiente para perceber que a leitura definitivamente não me agrada. Não tenho nenhuma vontade de continuar a ler.
E vocês, já leram esse livro? O que acharam?
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