Já citei aqui que gosto de ler um romance hot de vez em quando. É uma leitura divertida… Se não me irrita. Tem histórias bem contadas, com personagens interessantes. O problema é que quando dá para ser ruim, é muito ruim. Por isso, sempre acabo com um pé atrás na hora de ler. A Garota do Calendário eu resolvi dar uma chance, aproveitando que o primeiro livro da série, Janeiro, estava disponível no Kindle Unlimited. A série conta com doze livros, um para cada mês do ano. Mas depois de ler, posso dizer que dá para considerar como um livro só, com doze capítulos.
Título Original: Calendar Girl
Autor: Audrey Carlan
Editora: Verus
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A História de A Garota do Calendário
A Garota do Calendário em questão é Mia Saunders. Ela tem uma tarefa difícil: pagar a dívida de um milhão de dólares (já ia escrever reais, hahahahaha) do seu pai, um viciado em jogo que mora em Las Vegas, com um agiota. Para piorar a situação, esse agiota é um ex-namorado dela. Quando o pai não conseguiu pagar a dívida, levou uma surra que o deixou em coma. Mia ainda teve que aguentar uma ameaça sobre ela e a irmã mais nova.
Para conseguir o dinheiro e livrar sua família, Mia resolve ser acompanhante de luxo. Ser acompanhante não é se prostituir, mas sua tia, dona da agência, deixa bem claro que se ela quiser, pode transar com o cliente. E isso acontecendo, ela ganha um extra. E é nesses termos que Mia começa a trabalhar, um mês com cada um dos clientes.
A Leitura e seus Pontos Positivos
Quando comecei a ler o primeiro livro, não sabia bem o que pensar. Afinal de contas, ela ia transar com doze homens diferentes ao longo do ano? Era essa a história? Foram essas perguntas que acabaram me deixando curiosa o suficiente para embarcar.
Primeiro: lendo os livros, você entende que não, Mia não vai transar com todos eles. Ela é porém uma mulher sexualmente resolvida, ou seja, se se sentir atraída, ela não vai se fazer de rogada. Isso é um ponto positivo, afinal é interessante ter uma personagem que sabe que a decisão é dela. E ninguém vai cobrar dela outra coisa, o que devia acontecer também na vida real.
Outro ponto: cada um dos clientes vai ensinar uma coisa diferente para Mia. Ela vai descobrir muitas coisas sobre ela mesma. Vai resolver muita coisa na cabeça dela. Os livros não são sexo, sexo, sexo. Tem muito isso? Tem, afinal um livro desse gênero tem que ter. Mas as cenas hot são parte da história, ao invés de ter uma história só para justificar as cenas de sexo. E a jornada da personagem é interessante.
O Que Eu Não Gostei Tanto Assim
Nem tudo são flores, porém. Algumas cenas dá para sentir vergonha. Definitivamente não é um livro que dê para ler em público. Mas não tem nada de tão estranho, é só muito explícito. Outra coisa que me incomodou em certos pontos: é dramático demais. Alguns acontecimentos não dá nem para acreditar. E envolve extremos, ou seja, tem gente boazinha demais, tem gente má ao extremo… Certos personagens são unidimensionais, o que pode cansar um pouco o leitor.
A série, no fim, cumpre o seu papel: uma leitura interessante para quem procura uma distração. A Mia acaba sendo uma boa contadora de histórias (que é contada em primeira pessoa) e você se interessa o bastante para querer saber o resto. Se você não ler, não vai perder muita coisa, mas se for um gênero que te atrai (como acontece comigo) se joga.
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