14
04
2024

Como Eu Avalio Minhas Leituras Utilizando Estrelas

Como eu avalio minhas leituras é uma dúvida que eu já tive que responder para mim mesma. Afinal, a maioria das plataformas literárias oferecem a opção de avaliar com 1 a 5 estrelas. Em alguns casos, é possível dar .5 estrela, mas isso não é regra. E para avaliar em plataformas como a Amazon, dar a sua nota para a leitura nessa métrica é obrigatório. Não só isso, mas vira uma guerra entre autores e leitores porque isso pode influenciar e muito no quanto o livro é recomendado para novos leitores. E como eu já tenho anos e anos de resenhas literárias na internet, achei que é uma boa ideia compartilhar como eu faço. Talvez porque daí você pode se inspirar ou então porque você resolve fazer diferente. Já vi muitos métodos, alguns bem técnicos, mas eu não faço assim.

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06
05
2012

Acabei de Ler: Nick e Norah: Uma Noite de Amor e Música – Rachel Cohn e David Levithan

O que pode acontecer quando dois adolescentes se conhecem por acaso em um caótico show de punk rock? Eles se apaixonam, é claro. Depois de um beijo, Nick e Norah vivem uma aventura pelos bastidores de NYC – um encontro repleto de alegria, ansiedade, confusão e entusiasmo, como deve ser a primeira vez.

Apesar de ter lido esse livro em inglês, sei que a Galera Record já publicou o livro em português com o título de “Nick & Norah: Uma Noite de Amor e Música”, o que é um título bem apropriado, considerando a maneira como a história é contada. Basicamente, o livro é sobre a noite em que Nick e Norah se conhecem e todas as aventuras que acabam enfrentando. Claro, como o título sugere, tudo se passa conectado à músicas e bandas.

Esse não foi um livro favorito para mim. Dash and Lily’s Book of Dares é muito melhor na minha opinião. Acho que alguns dos motivos são o fato de que existem muitas referências musicais no livro que eu não conheço (apesar de não ser obrigatório para entender a história, talvez tivesse sido mais interessante sabendo sobre que música os personagens estavam falando)… também que tudo acontece em uma noite. Para mim, é rápido demais, acaba focado demais nos personagens principais e de uma maneira bem superficial, e o relacionamento deles acaba parecendo meio que fabricado. É muito drama e muito sentimento para ter acontecido em apenas uma noite.

Além disso, acho que qualquer livro, mesmo um que se propõe a contar uma noite na vida de dois adolescentes, devia usar um pouco mais de desenvolvimento dos dois personagens principais, ou talvez até contar um pouco mais dos outros personagens que aparecem na história.

No fim das contas, acho que o livro simplesmente não me empolgou. É o tipo de livro que daqui há alguns meses já não sei mais sobre o que é, e eu acredito que isso é o mais triste que pode acontecer com o livro.

Vocês já leram? Tem alguma opinião diferente sobre o livro?

04
05
2012

Acabei de Ler: Dash and Lily's Book of Dares – Rachel Cohn e David Levithan

Dash and Lily’s Book of Dares conta a história do Dash, um garoto que está passando o Natal longe de seu pai e de sua mãe por opção e que odeia o feriado festivo e tudo o que o acompanha e da Lily, uma garota que está passando seu primeiro Natal longe dos pais (que estão numa segunda lua-de-mel em Fiji) e que simplesmente ama e abraça o espírito natalino em todas as suas formas e cores.

Lily então, como uma forma de sair um pouco de seu mundinho, acaba, por incentivo do irmão, deixando entre os livros de uma estante em sua livraria preferida um caderno vermelho com alguns desafios. Quem encontra o caderno é Dash que, intrigado pelo caderno e por sua dona, acaba entrando na brincadeira. Então, o caderno vai passando de um para o outro, que, mesmo sem se conhecerem cara-a-cara, vão se conhecendo através das palavras anotadas no caderno.

O legal do livro é que ele discute bastante aquela coisa que todo mundo tem de confrontar a fantasia com a realidade. Será que a pessoa que o Dash imagina que a Lily é condiz com a realidade? Ou será que ele está criando essa garota perfeita na cabeça e no fim das contas a Lily é alguém totalmente diferente (e vice-versa)? Como o livro conta com capítulos alternados entre o Dash e a Lily (mesmo formato de Will Grayson, Will Grayson, que David Levithan escreveu com John Green) você vai vendo no que eles acertam um sobre o outro e no que eles erram também.

Esse não é um conto de fadas. No meio do livro, você não sabe se os dois vão ficar juntos ou não, ou se todas as diferenças servirão para uní-los ou para afastá-los de vez. O interessante é ver como a amizade deles começa, como epes lidam com as diferenças… e ficar na expectativa: será que eles vão ficar juntos ou não?

Com algumas cenas bastante inusitadas, um melhor amigo que é ótimo para dar risadas (conheçam o Boomer e vejam se eu estou mentindo) e com os membros da grande e louca família da Lily, o livro é leve, divertido e muito bom de ler. Amei os personagens e sinceramente, quero achar um caderninho vermelho com desafios na livraria também.

18
03
2012

Acabei de Ler: Will e Will: Um Nome, Um Destino – John Green, David Levithan

Em uma noite fria, em um canto imprevisível de Chicago, dois adolescentes – ambos chamados Will Grayson – estão para cruzarem seus caminhos. Quando seus mundos colidem e se misturam, os Will Graysons vêem suas vidas tomando direções novas e inesperadas, levando a reviravoltas românticas e à produção épica do musical colegial mais fabuloso da história. (Tradução livre da sinopse do livro em inglês).

Não sei se já falei por aqui, mas me apaixonei por John Green. Li “Looking for Alaska” (na edição brasileira entitulado “Quem é você, Alasca?” da Editora WMF Martins Fontes), depois li “Paper Towns” e acabei agora o livro “Will Grayson, Will Grayson”, que é metade escrito por ele e metade escrito pelo David Levithan.

“Will Grayson, Will Grayson” conta a história de dois adolescentes que dividem o mesmo nome. Na verdade, como os próprios autores contam, cada um deles começou a escrever seu Will Grayson sem ter idéia do quê o outro estava escrevendo, só sabendo que os seus personagens iriam eventualmente se encontrar.

Assim, o livro é escrito do ponto de vista de cada um dos Will Grayson, e os capítulos vão se intercalando entre os dois.  No começo, achei muito estranho, porque os capítulos escritos pelo segundo Will Grayson não continham nenhuma letra maiúscula, e todos os diálogos pareciam uma conversa em algum chat online, sabe? Mas ou menos assim:

eu: falo assim
minha mãe: responde assim

Mas depois você se acostuma, e quando você descobre que tem uma razão para o autor ter escrito assim, você até entende e dá razão para ele: a razão é que o personagem se sente muito insignificante, logo todas as letras minúsculas.

Os dois Will Graysons são bem diferentes entre si. O primeiro é mais parecido com os personagens dos outros livros que eu li do John Green, ou seja, ele é um nerd, não é popular e pensa demais. Esse personagem em especial tem uma estratégia inteessante de não se envolver com nada e manter-se de boca fechada para não se meter em confusão (ou seja, ele acaba fugindo da vida para não se machucar e não a vive direito). Já o segundo (que eu não posso dizer se é ou não parecido com os outros personagens do David Levithan, já que esse foi o primeiro livro dele que eu li) é bem mais introvertido, mais “tô nem aí”… na verdade, o personagem é clinicamente depressivo, ou seja, toma remédios para tratar do problema. A fuga desse segundo Will Grayson é diferente: ele simplesmente tenta desesperadamente não se importar com nada e com ninguém.

E claro, tem um personagem que precisa ser mencionado aqui: o Tiny Cooper. Tiny é o melhor amigo do primeiro Will Grayson, é gay assumido, se apaixona por um garoto novo a cada fim de semana e está escrevendo, dirigindo e promovendo um musical sobre ele mesmo na sua escola. Olha, depois de ler sobre esse musical, juro que queria estar lá para assisti-lo.

Quando eles se conhecem, aos poucos, a vida dos dois muda e eles acabam reavaliando como se vêem e suas ações em relação às pessoas que os cercam. É legal ver como os personagens discutem o que é o amor, o que é o medo, como os nossos receios nos impedem de viver muita coisa e como às vezes nós não damos o devido valor àqueles que nos cercam.

O livro também discute a questão da homossexualidade e de como os relacionamentos amorosos tem os mesmos problemas, sejam entre pessoas do mesmo sexo ou não.

É um livro gostoso de ler, quando você termina você tem até vontade de sair cantando e dançando. Gostei muito.