24
05
2017

Você Deveria Ler: O Protetorado da Sombrinha – Gail Carriger

Não é a primeira vez que falo sobre essa série aqui no blog. Quando respondi a tag Mulheres na Literatura, no ano passado, citei Alexia Tarabotti. Não podia deixar ela de lado, decidida como ela só. Mas o fato é que a série Protetorado da Sombrinha já conta com quatro livros publicados no Brasil. São eles: Alma?, Metamorfose?, Inocência? e Coração?. Sim, todos com um ponto de interrogação no final. Eu li os três primeiros e o quarto já está na minha lista de próximas leituras.

Como preparação para Coração?, resolvi enumerar algumas razões pelas quais você devia ler O Protetorado da Sombrinha:

(mais…)

08
04
2016

Minha Decepção Com Mara Dyer

Eu estava bem curiosa a respeito da série de livros que começa com “A Desconstrução de Mara Dyer”. A capa, uma fotografia de uma menina embaixo d’água, aparentemente se afogando, chama bastante a atenção. Algumas resenhas que eu li também frisavam bastante que a Mara, personagem principal da história, estava sempre duvidando de si mesma, já que por sequelas de um acidente que sofreu, não lembrava de muitas coisas e outras parecia que havia imaginado. Parecia um livro interessante.

maradyerUm grupo de amigos…

Uma tábua ouija…

Um presságio de morte.

Mara Dyer não estava interessada em mensagens do além. Mas para não estragar a diversão da melhor amiga justo em seu aniversário ela decide embarcar na brincadeira. Apenas para receber um recado de sangue. Parecia uma simples piada de mau gosto… até que todos os presentes com exceção de Mara morrem no desabamento de um velho sanatório abandonado. O que o grupo estaria fazendo em um prédio condenado? A resposta parece estar perdida na mente pertubada de Mara. Mas depois de sobreviver à traumática experiência é natural que a menina se proteja com uma amnésia seletiva. Afinal, ela perdeu a melhor amiga, o namorado e a irmã do rapaz. Para ajudá-la a superar o trauma a família decide mudar para uma nova cidade, um novo começo. Todos estão empenhados em esquecer. E Mara só quer lembrar. Ainda mais com as alucinações – ou seriam premonições? – Os corpois e o véu entre realidade, pesadelo e sanidade se esgarçando dia a dia. Ela precisa entender o que houve para ter uma chance de impedir a loucura de tomá-la….

Título Original: The Unbecoming of Mara Dyer
Autor:
Michelle Hodkin
Série: Mara Dyer
Editora: Galera Record
Páginas: 375
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Modelo2-2

A Desconstrução de Mara Dyer, primeiro livro da trilogia Mara Dyer, conta a história de Mara (não, sério? – tá, desculpa, vou tentar parar de escrever o nome dela aqui), uma garota que vivia uma vida normal e tinha uma melhor amiga, a Rachel, e tudo estava bem até que chegou na cidade Claire Lowe, que aparentemente tenta a todo custo “roubar” sua melhor amiga.

Numa noite, após Claire insistir, as meninas e o irmão de Claire (e aparentemente namorado de Mara) Jude, resolvem explorar um hospital psiquiátrico que já estava abandonado e condenado, que é uma aventura normal para os adolescentes da região. Mas então o local desaba e a única sobrevivente do acidente é Mara.

Ela acorda no hospital, sem memória nenhuma do que aconteceu e com as pessoas ao seu redor a tratando de forma estranha. Para escapar de todas as memórias que poderiam ser traumáticas, a sua família se muda para Miami, Flórida, onde ela tenta voltar a levar uma vida normal, com a ajuda do irmão mais velho, Daniel.

O problema é que ela começa a ter visões de acontecimentos que não sabe ao certo se aconteceram ou não, e tudo acaba ficando bem confuso. É também em Miami que ela irá conhecer Noah Shaw e junto com ele começar a desvendar o que há de errado com ela.

Como até o título do post já revela, infelizmente, a história foi uma baita decepção para mim. Muito disso teve a ver com as expectativas que eu tinha para esse livro: eu acreditava que ele seria um thriller psicológico, com a personagem principal sofrendo de transtorno pós-traumático e tendo problemas em definir o que seria realidade e o que seria sua imaginação. Mas o livro acaba indo para um caminho mais paranormal, onde alguns personagens tem poderes, que porém não são definidos por completo, de forma que eu me senti perdida durante a leitura – e não de uma forma boa.

Mesmo eliminando toda a minha decepção com a parte sobrenatural do livro, vários outros pontos me incomodaram durante a leitura. O primeiro deles é a insistência de Mara em julgar toda outra menina a seu redor. Além de Rachel, ela não confia em nenhuma outra personagem feminina e constante julga as colegas de sala pelo que elas vestem ou pela sua vida sexual. Ela não tem amigas e se acha superior às meninas, parecendo estar em constante competição com as outras.

E o outro grande problema que eu tive com esse livro é Noah Shaw, o clichê ambulante. Ele é o típico bad boy gostosão, que é rude e trata todas as meninas mal, com a exceção de Mara (se bem que no começo, nem ela escapa). Noah é rico, lindo, gostoso e inglês. Sim, meninas, imaginem esse sotaque, uau! Ou seja, um baita clichê. O pior para mim é quando ele começa a dizer para Mara o que ela deve fazer, o que desde já demonstra que esse relacionamento não é saudável.

Eu também posso citar aqui minha decepção com a grande reviravolta do final, mas acho que já estava tão decepcionada com esse livro que quando cheguei ao fim nem tive ânimo para isso.

Muitas pessoas amam essa história e talvez na continuação ela melhore, mas sinceramente para mim ler o primeiro livro da série foi suficiente para perceber que a leitura definitivamente não me agrada. Não tenho nenhuma vontade de continuar a ler.

E vocês, já leram esse livro? O que acharam?

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06
03
2016

Acabei de Ler: Obsidiana – Jennifer L. Armentrout

obsidianaComeçar de novo é uma porcaria.

Quando nos mudamos para West Virginia antes do último ano de curso, eu tinha me resignado ao sotaque engraçado, ter conexão de internet ruim e me cansar da vida monótona como uma ostra… Até que eu vi meu vizinho sexy, tão alto e com esses impressionantes olhos verdes. As coisas pareciam estar melhorando.

E então ele abriu a boca.

Daemon é insuportável e arrogante. Nós não nos damos bem. Nada, nada bem mesmo. Mas quando um estranho me atacou e Daemon congelou o tempo, literalmente, com um movimento de sua mão… Bem, algo aconteceu… Inesperado.

O sexy alienígena que vive do outro lado da rua.

Sim, você ouviu direito. Alien. Acontece que Daemon e sua irmã têm uma galáxia cheia de inimigos que querem roubar suas habilidades, e o toque de Daemon fez com que eu parecesse um daqueles sinais luminosos em Las Vegas. A única maneira de sair dessa viva é ficar colada a Daemon até que minha “luz” extraterrestre se apague.

Isso se eu não matar a Daemon antes, claro.

Título Original: Obsidian
Série: Lux #1
Autor: Jennifer L. Armentrout
Editora: Valentina
Páginas: 320
Adicione: Skoob | Goodreads

Modelo2-4

Você já deve ter ouvido essa história antes. A menina que gosta de livros se muda para um lugar novo e então conhece um cara lindo, maravilhoso, gostoso, daquele tipo que não existe, e aí ela descobre que ele aparentemente não gosta dela, até o momento que ele tem que salvar a sua vida e então um grande segredo vêm à tona.

Clichê? Com certeza. Mas é a maneira como o clichê é utilizado em Obsidiana, despretensiosamente, que faz toda a diferença. Katy está se mudando para uma cidade no interior de West Virginia com sua mãe, que decidiu que uma mudança de ares seria boa para as duas. Ao chegar na casa nova, a mãe dela logo descobre que elas serão vizinhas de dois adolescentes que parecem ter a mesma idade da Katy e por isso incentiva a filha a ir até lá e conhecê-los.

O problema é que Daemon (que aparece logo de cara sem camisa) apesar de ser lindo, gostoso, etc. é muito mal educado e logo de cara já cria uma impressão muito ruim. A irmã gêmea dele, a Dee, é justamente o contrário: é super simpática e logo faz amizade com a Katy.

Conforme a história de Obsidiana se desenrola, Katy descobre o segredo dos dois irmãos: eles não são desse planeta. Algo que não é, obviamente, um spoiler, já que está na capa do livro, na sinopse… E conforme ela vai entendendo melhor o universo dos dois, ela consegue entender também todos os medos de Daemon em relação à aproximação dela com Dee e todos os perigos que ela corre. O problema é que cada vez mais Katy e Daemon devem ficar juntos, para que ele possa protegê-la.

O enredo tem vários problemas. As explicações dadas pela autora tem muitas falhas, parece não haver nada que os aliens conseguem fazer (esqueça Superman: o negócio é ter um Luxen te protegendo, ok?) e os vilões da história não parecem ter um motivo muito claro para atacar, apenas… inveja?

Existiram muitas partes do livro inacreditáveis. Mas como a escrita da autora é leve e descontraída, sem maiores dramas apesar das cenas de ação, a leitura acaba sendo envolvente e divertida. As brigas entre Katy e Daemon são rápidas, nada de dramalhão mexicano.

A Katy é uma personagem engraçada e real. Para você ter uma ideia, ela tem um blog literário e isso não é algo que some da vida dela quando ela se aproxima de Dee e Daemon. Ela não deixa de ter uma vida ou outras amizades por causa das confusões em que se mete por ter na vida essas pessoas de outro planeta. Katy também tem uma personalidade forte e nunca fica na posição de donzela indefesa, algo que me impressionou bastante, já que parece que o enredo inteiro de Obsidiana parecia estar caminhando para isso.

O Daemon é um típico protagonista de YA sobrenatural e só não é um saco de aguentar porque a Katy e a Dee acabam colocando ele nos eixos. Ele é o mais forte, o mais poderoso, o super hiper, o que tem todos os poderes e ainda olhos verdes e um peitoral de matar, sim, mas nem por isso ele escapa de ser alvo do sarcasmo da Katy. A dinâmica entre o casal flui de maneira diferente da maioria dos romances paranormais, o que é um ponto positivo e que acabou salvando o livro para mim.

Por toda a despretensão dessa história, eu me diverti bastante e com certeza vou querer ler o resto dos livros, até porque quero ver se a autora melhora em suas explicações a respeito dos aliens e suas motivações.

Já leram um livro assim? O que acharam?

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