23
03
2016

Acabei de Ler: Os Dois Mundos de Astrid Jones – A.S. King

astridjones“O movimento é impossível.” É o que Astrid Jones, 17 anos, aprendeu na sua aula de filosofia. E, vivendo na pequena cidade em que mora, ela começa a acreditar que isso é mesmo verdade. São sempre as mesmas pessoas, as mesmas fofocas, a mesma visão de mundo limitada, como se estivessem todos presos em uma caverna, nunca enxergando nada além.

Nesse ambiente, ela não tem com quem desabafar suas angústias, e por isso deita-se em seu jardim, olha os aviões no céu, e expõe suas dúvidas mais secretas aos passageiros, já que eles nunca irão julgá-la. Em seu conflito solitário, ela se vê dividida entre dois mundos: um em que é livre para ser quem é de verdade e dar vazão ao que vai em seu íntimo, e outro em que precisa se enquadrar desconfortavelmente em convenções sociais.

Em um retrato original de uma garota que luta para se libertar de definições ultrapassadas, este livro leva os leitores a questionarem tudo e oferece esperança para aqueles que nunca deixarão de buscar o significado do amor verdadeiro.
 


 

Título Original: Ask the Passengers
Autor:
A.S. King
Editora: Gutenberg
Páginas: 287
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06
03
2016

Acabei de Ler: Obsidiana – Jennifer L. Armentrout

obsidianaComeçar de novo é uma porcaria.

Quando nos mudamos para West Virginia antes do último ano de curso, eu tinha me resignado ao sotaque engraçado, ter conexão de internet ruim e me cansar da vida monótona como uma ostra… Até que eu vi meu vizinho sexy, tão alto e com esses impressionantes olhos verdes. As coisas pareciam estar melhorando.

E então ele abriu a boca.

Daemon é insuportável e arrogante. Nós não nos damos bem. Nada, nada bem mesmo. Mas quando um estranho me atacou e Daemon congelou o tempo, literalmente, com um movimento de sua mão… Bem, algo aconteceu… Inesperado.

O sexy alienígena que vive do outro lado da rua.

Sim, você ouviu direito. Alien. Acontece que Daemon e sua irmã têm uma galáxia cheia de inimigos que querem roubar suas habilidades, e o toque de Daemon fez com que eu parecesse um daqueles sinais luminosos em Las Vegas. A única maneira de sair dessa viva é ficar colada a Daemon até que minha “luz” extraterrestre se apague.

Isso se eu não matar a Daemon antes, claro.

Título Original: Obsidian
Série: Lux #1
Autor: Jennifer L. Armentrout
Editora: Valentina
Páginas: 320
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Você já deve ter ouvido essa história antes. A menina que gosta de livros se muda para um lugar novo e então conhece um cara lindo, maravilhoso, gostoso, daquele tipo que não existe, e aí ela descobre que ele aparentemente não gosta dela, até o momento que ele tem que salvar a sua vida e então um grande segredo vêm à tona.

Clichê? Com certeza. Mas é a maneira como o clichê é utilizado em Obsidiana, despretensiosamente, que faz toda a diferença. Katy está se mudando para uma cidade no interior de West Virginia com sua mãe, que decidiu que uma mudança de ares seria boa para as duas. Ao chegar na casa nova, a mãe dela logo descobre que elas serão vizinhas de dois adolescentes que parecem ter a mesma idade da Katy e por isso incentiva a filha a ir até lá e conhecê-los.

O problema é que Daemon (que aparece logo de cara sem camisa) apesar de ser lindo, gostoso, etc. é muito mal educado e logo de cara já cria uma impressão muito ruim. A irmã gêmea dele, a Dee, é justamente o contrário: é super simpática e logo faz amizade com a Katy.

Conforme a história de Obsidiana se desenrola, Katy descobre o segredo dos dois irmãos: eles não são desse planeta. Algo que não é, obviamente, um spoiler, já que está na capa do livro, na sinopse… E conforme ela vai entendendo melhor o universo dos dois, ela consegue entender também todos os medos de Daemon em relação à aproximação dela com Dee e todos os perigos que ela corre. O problema é que cada vez mais Katy e Daemon devem ficar juntos, para que ele possa protegê-la.

O enredo tem vários problemas. As explicações dadas pela autora tem muitas falhas, parece não haver nada que os aliens conseguem fazer (esqueça Superman: o negócio é ter um Luxen te protegendo, ok?) e os vilões da história não parecem ter um motivo muito claro para atacar, apenas… inveja?

Existiram muitas partes do livro inacreditáveis. Mas como a escrita da autora é leve e descontraída, sem maiores dramas apesar das cenas de ação, a leitura acaba sendo envolvente e divertida. As brigas entre Katy e Daemon são rápidas, nada de dramalhão mexicano.

A Katy é uma personagem engraçada e real. Para você ter uma ideia, ela tem um blog literário e isso não é algo que some da vida dela quando ela se aproxima de Dee e Daemon. Ela não deixa de ter uma vida ou outras amizades por causa das confusões em que se mete por ter na vida essas pessoas de outro planeta. Katy também tem uma personalidade forte e nunca fica na posição de donzela indefesa, algo que me impressionou bastante, já que parece que o enredo inteiro de Obsidiana parecia estar caminhando para isso.

O Daemon é um típico protagonista de YA sobrenatural e só não é um saco de aguentar porque a Katy e a Dee acabam colocando ele nos eixos. Ele é o mais forte, o mais poderoso, o super hiper, o que tem todos os poderes e ainda olhos verdes e um peitoral de matar, sim, mas nem por isso ele escapa de ser alvo do sarcasmo da Katy. A dinâmica entre o casal flui de maneira diferente da maioria dos romances paranormais, o que é um ponto positivo e que acabou salvando o livro para mim.

Por toda a despretensão dessa história, eu me diverti bastante e com certeza vou querer ler o resto dos livros, até porque quero ver se a autora melhora em suas explicações a respeito dos aliens e suas motivações.

Já leram um livro assim? O que acharam?

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27
02
2016

Acabei de Ler: Por Lugares Incríveis – Jennifer Niven

Por Lugares Incríveis foi o primeiro livro que eu li por indicação do Book Club, um grupo no Facebook onde todos leem o mesmo livro e comentam sobre ele. O projeto é muito legal e ainda escolhe uma tag por mês para os participantes responderem (inclusive, já postei a de fevereiro no blog). Quem tiver interesse, vale a pena dar uma olhada. E esse primeiro livro foi uma ótima indicação.

porlugaresDois jovens prestes a escolher a morte despertam um no outro a vontade de viver.

Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, Violet se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família.

Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar os lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los.

Título Original: All the Bright Places
Autor: Jennifer Niven
Editora: Seguinte
Páginas: 336
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5 Estrelas e Favoritado

Apesar da capa brasileira remeter à infância, com os bloquinhos de madeira, Por Lugares Incríveis vai tocar em assuntos muitas vezes considerados tabus, como depressão e impulsos suicidas. O livro conta a história de Finch e Violet, que estudam na mesma escola mas fazem parte de dois grupos totalmente diferentes. Apesar de parecer que não tem nada a ver um com o outro, os dois acabam se encontrando de uma maneira bem inusitada: no topo da torre da escola, olhando para baixo e contemplando como seria morrer.

A partir daí, um elo parece ter se formado entre os dois. Finch vê em Violet a possibilidade de poder ser ele mesmo, de alguém para quem poderá contar segredos obscuros sem ser julgado ou chamado de maluco. Graças a um projeto para a aula de geografia, os dois passam mais tempo juntos, visitando locais incríveis de seu estado.

Logo, Violet também começa a entender que a amizade com Finch é algo que a ajuda a lutar contra seus próprios medos. Desde um acidente de carro onde perdeu a irmã mais velha, ela se sente pouco a pouco morrendo por dentro: não anda mais de carro, não escreve mais (algo que amava fazer) e se sente cada vez mais sozinha. Finch a ajuda a sair um pouco de sua bolha, a experimentar novamente novas sensações.

A história de Finch e Violet é uma história de superação, mas também mostra que os rótulos que normalmente colocamos nas pessoas à nossa volta podem ser extremamente prejudiciais, já que nunca sabemos exatamente pelo que o outro está passando. Por Lugares Incríveis põe à prova essa mania ridícula que nós temos de julgar e ainda mostra a importância do apoio familiar, principalmente em oferecer ajuda e não ignorar sinais.

O livro traz muitas lições e conforme nos apaixonamos pela complexidade de Finch e Violet, conseguimos entender um pouco melhor, talvez, que nem tudo é preto e branco. O enredo com certeza nos leva à lugares incríveis, mesmo que não sejam pontos turísticos e sim, locais onde aprendemos um pouco mais sobre a natureza humana.

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21
02
2016

Meus (vários) problemas com The Maze Runner

No fim do ano passado, resolvi finalmente ler The Maze Runner: Correr ou Morrer, escrito por James Dashner. Tinha ouvido algumas críticas boas sobre o livro, então fiquei curiosa para saber o motivo de tanto hype.

Acabei lendo a trilogia inteira, um livro atrás do outro e, se você procurar minhas resenhas no Goodreads, verá que a menor classificação da série é três estrelas, para o último, o que normalmente significaria que se trata de uma trilogia que eu gostei bastante.

Porém, isso não é verdade nesse caso. The Maze Runner é o tipo de série de livros em que o enredo e a ação constante acabam por disfarçar problemas na caracterização e desenvolvimento dos personagens, bem como grandes falhas na justificativa para o universo criado pelos livros.

Durante a leitura, acabei por identificar vários desses problemas e resolvi listá-los aqui. Claro, não é um livro que eu desaconselho a ler, aliás acho que é uma leitura envolvente, mas não dá para ignorar que os pontos falhos podem, após finalizada a leitura, deixar o leitor um pouco frustrado.

Basicamente, The Maze Runner conta a história de Thomas, que acorda sem nenhuma memória e descobre que está preso em um labirinto com um grupo de meninos, alguns ali já há algum tempo. Eles não sabem o motivo de estarem ali, apenas tentam sobreviver aos perigos que moram no labirinto. Esse frágil equilíbrio é posto à prova quando, pela primeira vez, uma menina aparece e entra imediatamente em coma após suspirar o nome de Thomas.

Existem muitos problemas com a série, e eu tentei explicar um pouco deles nesse post. Já aviso, porém, que alguns spoilers podem aparecer por aqui.

Ah, e como vou falar sobre problemas que aconteceram durante o livro, pode ser que quem não leu ainda fique um pouco perdido, hahahaha.

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13
02
2016

Acabei de Ler: Sombra e Ossos – Leigh Bardugo

sombraeossosAlina Starkov nunca esperou muito da vida. Órfã de guerra, ela tem uma única certeza: o apoio de seu melhor amigo, Maly, e sua inconveniente paixão por ele. Cartógrafa de seu regimento militar, em uma das expedições que precisa fazer à Dobra das Sombras – uma faixa anômala de escuridão repleta dos temíveis predadores volcras –, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros e ficar brutalmente ferido. Seu instinto a leva a protegê-lo, quando inesperadamente ela vê revelado um poder latente que nunca suspeitou ter.

A partir disso, é arrancada de seu mundo conhecido e levada da corte real para ser treinada como um dos Grishas, a elite mágica liderada pelo misterioso Darkling. Com o extraordinário poder de Alina em seu arsenal, ele acredita que poderá finalmente destruir a Dobra das Sombras.

Agora, ela terá de dominar e aprimorar seu dom especial e de algum modo adaptar-se à sua nova vida sem Maly. Mas nesse extravagante mundo nada é o que parece. As sombrias ameaças ao reino crescem cada vez mais, assim como a atração de Alina pelo Darkling, e ela acabará descobrindo um segredo que poderá dividir seu coração – e seu mundo – em dois. E isso pode determinar sua ruína ou seu triunfo.

Título Original: Shadow and Bone 
Autor: Leigh Bardugo
Editora: Gutenberg
Páginas: 288
Avaliação: 4/5

Eu enrolei muito para começar a ler a trilogia Grisha, da qual Sombra e Ossos é o primeiro livro. Para vocês terem uma idéia, eu tenho os dois primeiros volumes em inglês, comprados já há alguns anos pelo Book Depository (se você ainda não conhece o site, falo um pouco sobre ele nesse post) principalmente porque eu amei a capa.

Mas aí, sabe como é, outros livros chegaram, a trilogia tinha vários termos próprios e eu fiquei meio intimidada de ler em português. Enrolei tanto que a editora Gutenberg acabou lançando todos os livros em português e eu ainda não tinha lido. Acabei comprando o box e agora eu tenho, além dos dois primeiros em inglês, a trilogia inteira em português.

Mas nesse Carnaval, resolvi tomar vergonha na cara e começar a ler a série, afinal já não tinha mais desculpas. E para minha surpresa, apesar de sim, os termos próprios, como Grishas, Corporalki, Etherealki e Materialki, serem bem diferentes e usados várias vezes durante a narrativa, não é algo que dificulta a compreensão do leitor, contribuindo para uma leitura fluida.

Logo o leitor é envolvido pela história de Alina e o fato de os cenários mágicos serem descritos na medida certa facilita para imaginar as sensações pelas quais passa a personagem principal. O monstro Volcra logo toma forma na sua mente, bem como o medo que resulta de sua aparição. O esplendor do Pequeno Palácio também não é difícil de ser imaginado e com isso, você é transportado para dentro da história.

O universo criado pela autora é rico em magia, mentiras e traições. Porém, algo me incomodou durante a leitura: o romance. Se posso destacar um ponto fraco na leitura, seria o fato de que todo o amor que Alina declara sentir por Maly parece desafiar a lógica, já que não sinto nenhuma reciprocidade. Além disso, quando finalmente nos reencontramos com Maly, nada parece ser desenvolvido e por isso, não consegui ser conquistada pelo personagem. Aliás, o Darkling me parece muito mais interessante do que Maly.

Mesmo com os problemas que tive em relação a isso, ainda assim gostei muito da história e já estou lendo o segundo livro da série, Sol e Tormenta.

E vocês, o que acham desse tipo de livro?

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06
02
2016

[Blogueiros Geeks] Minha Lista Para Um Carnaval Nerd

Carnaval não é a festa para mim. Eu acho legal por ser parte da cultura brasileira e respeito quem gosta, mas como não sou fã nem de muita gente junta pulando, calor ou som alto, vocês podem imaginar como eu fujo da bagunça do carnaval.

Mas tem uma parte muito boa do carnaval que eu amo: o feriadão! Carnaval são quatro dias de folga para você fazer o que quiser, seja correr pro meio dos foliões, seja para, como eu, se esconder entre os livros e séries preferidos que você não tinha tempo para pôr em dia.

Aqui vai a lista dos livros e séries que pretendo ler e assistir até quarta-feira, quando o ano começa no Brasil:

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20
01
2016

Acabei de Ler: Os Garotos Corvos – Maggie Stiefvater

garotoscorvos

Todo ano, na véspera do Dia de São Marcos, Blue Sargent vai com sua mãe clarividente até uma igreja abandonada para ver os espíritos daqueles que vão morrer em breve. Blue nunca consegue vê-los – até este ano, quando um garoto emerge da escuridão e fala diretamente com ela. Seu nome é Gansey, e ela logo descobre que ele é um estudante rico da Academia Aglionby, a escola particular da cidade. Mas Blue se impôs uma regra – ficar longe dos garotos da Aglionby. Conhecidos como garotos corvos, eles só podem significar encrenca. Gansey tem tudo – dinheiro, boa aparência, amigos leais -, mas deseja muito mais. Ele está em uma missão com outros três garotos corvos – Adam, o aluno pobre que se ressente de toda a riqueza ao seu redor; Ronan, a alma perturbada que varia da raiva ao desespero; e Noah, o observador taciturno, que percebe muitas coisas, mas fala pouco. Desde que se entende por gente, as médiuns da família dizem a Blue que, se ela beijar seu verdadeiro amor, ele morrerá. Mas ela não acredita no amor, por isso nunca pensou que isso seria um problema. Agora, conforme sua vida se torna cada vez mais ligada ao estranho mundo dos garotos corvos, ela não tem mais tanta certeza.

Título Original: The Raven Boys 
Série: The Raven Cycle #1 
Autor: Maggie Stiefvater
Editora: Verus
Páginas: 376
Avaliação: 5/5

Vocês tem algum livro na sua estante que está lá, parado, você sabe que vai gostar quando ler, mas por um motivo ou outro, simplesmente vai deixando para depois? Com a série Os Garotos Corvos eu me senti assim. Falta de boas recomendações é que não foi: todo mundo com quem eu conversei sobre a história se derramava em elogios sobre a trama e a escrita da autora. Mas eu demorei um pouco mais para decidir lê-lo.

Uma das razões, porém, eu sempre tive muito clara: eu sabia que o estilo da Maggie Stiefvater proporciona uma leitura densa, complexa. Não é o tipo de livro que você consegue ler sem prestar muita atenção. A narrativa da autora é bem descritiva e acima de tudo, sua construção de personagem e de mundo é minuciosa, o que pode assustar o leitor de primeira viagem.

Não era o meu caso quando resolvi ler esse livro, porém. Já tinha lido A Corrida do Escorpião da autora (inclusive já comentei sobre ele aqui) e por isso já estava preparada. E por isso, acredito, não só consegui ler as primeiras páginas já me ambientando com o universo que a autora criou, como logo comecei a me apaixonar pelos personagens.

E que personagens! A história acaba girando em torno de Blue Sargent, uma garota que vive com sua mãe, tias e mais algumas mulheres da família que são todas médiuns (e que apesar de serem consideradas secundárias, ainda assim são extremamente bem desenvolvidas) e sua amizade com os Garotos Corvos, um grupo de quatro amigos que estudam na Academia Aglionby, que é uma escola para os filhos de famílias ricas e que tem um corvo como símbolo.

Gansey, Ronan, Adam e Noah estão numa missão: encontrar Glendower, um rei que já está morto há muito tempo, mas cujo lenda diz que ele só espera ser despertado e que aquele que o despertar terá seu pedido concedido. Essa sempre foi a missão de Gansey, que aos poucos foi juntando seus amigos para que o ajudassem nessa tarefa.

O interessante do livro é que eu poderia passar horas explicando cada um dos personagens, porque existem muitos detalhes na história de cada um. E, mesmo com todo o desenvolvimento de cada um deles, a leitura não fica pesada e nem se perde nas suas descrições.

Toda a mitologia criada por Stiefvater encanta o leitor e mesmo que a história se prolongue em quatro livros (o segundo e o terceiro, Os Ladrões de Sonhos e Lírio Azul, Azul Lírio, já publicados no Brasil pela Editora Verus e o último, The Raven King, que será lançado em 26 de abril nos EUA), ainda assim dá para ficar muito interessado no que vai acontecer e esperar ansiosamente pelos próximos livros.

Definitivamente, cinco estrelas e favoritado, tanto no Goodreads quanto no Skoob. E vocês, já leram? O que acharam do livro?

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14
01
2016

Acabei de Ler (e Ouvir): A 5ª Onda – Rick Yansey

Eu coloquei esse post na categoria Acabei de Ler porque sim, ouvir um audiobook também é uma maneira de ler. A 5ª Onda é um livro de distopia young adult que já foi adaptado para os cinemas e tem estréia prevista para o dia 21/01/2016. Aqui no Brasil, o livro foi lançado pela editora Fundamento.

5aondaDepois da primeira onda, só restou a escuridão.
Depois da segunda onda, somente os que tiveram sorte sobreviveram.
Depois da terceira onda, somente os que não tiveram sorte sobreviveram.
Depois da quarta onda, só há uma regra: não confie em ninguém.
Agora “A Quinta Onda”está começando…

Cassie está sozinha, fugindo dos Outros. Ela vive em uma Terra devastada, onde qualquer pessoa, até mesmo uma criança, pode ser o inimigo. Um inimigo que parece humano, que espreita em todos os lugares, pronto para aniquilar os últimos sobreviventes. Permanecer sozinha é permanecer viva – Cassie acredita nisso até encontrar Evan Walker. Mas será que ela pode confiar nele? Será que ele pode ajudá-la a resgatar o irmão? Chegou o momento em que Cassie deve escolher entre a esperança ou o desespero, entre enfrentar os Outros ou se render ao seu destino, entre a vida ou a morte. Entre desistir ou lutar!

Título Original: The 5th Wave 
Série: The 5th Wave #1 
Autor: Rick Yansey
Editora: Fundamento
Páginas: 367
Avaliação: 4/5

Devo confessar que já tinha visto o livro por aí mas nunca tinha me interessado em saber sobre o que era. Então, por acaso, assisti um vídeo no Youtube com uma resenha dele e fiquei bem interessada porque não só fala de um cenário pós-apocalíptico (coisa que eu simplesmente AMO) como toda a tragédia é causada por alienígenas, sinceramente uma combinação perfeita para mim.

Basicamente, a história é contada por alguns pontos de vista diferentes, mas os principais são os da Cassie, uma menina de dezesseis anos e Ben, um menino de dezessete.

No começo do livro, Cassie está totalmente sozinha, tendo sobrevivido às quatro primeiras ondas. Cada uma das ondas trouxe um tipo de exterminação diferente da raça humana. Por exemplo, a primeira das ondas foi um pulso eletromagnético que fritou todo e qualquer aparelho que utilizasse energia. Até carros pararam de funcionar, tudo ao mesmo tempo, o que claro resultou em muitas mortes.A 5ª Onda - Divulgação

Conforme o livro evolui, você vai descobrindo o que foram cada uma das ondas, como elas afetaram a humanidade em geral e também como elas afetaram pessoalmente cada um dos personagens que contam a sua história.

A estrutura do livro é interessante. Os narradores no audiobook também foram muito bons, o que me ajudou a entrar na história. Aliás, queria muito saber o que estava acontecendo, o que ajudou para que eu ficasse ouvindo muito mais do que normalmente faço quando estou no meio de um audiobook.

Achei a revelação do que é efetivamente a 5ª onda meio óbvia, mas nem por isso foi boba. Aliás, esse é um livro com algumas reviravoltas no enredo, mas não achei nenhuma delas surpreendentes, como eu acredito que o autor queria que fossem. Mas isso não quis dizer que eu não gostei, pelo contrário, a história é interessante.

Devo confessar que não fui muito fã das cenas de ação, mas acredito que seja mais por não ser meu tipo preferido de cena. Achei longas demais e muitas vezes apenas uma enrolação para chegar ao ponto final.

Fiquei interessada em ler a continuação. Além disso, esse é o tipo de história que tem um grande potencial para as telas de cinema, então provavelmente vou assistir o filme também, para conferir a adaptação.

E vocês, gostam desse tipo de livro?

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27
12
2015

Acabei de Ler: Eu, Você e A Garota Que Vai Morrer – Jesse Andrews

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Livro que deu origem ao filme vencedor do Festival Sundance 2015, nas categorias Público e Crítica, com estreia marcada para 12 de junho nos EUA, Eu, você e a garota que vai morrer é uma mistura perfeita entre drama e humor e um retrato preciso da adolescência em face do amadurecimento.

Na trama, Greg tem apenas um amigo, Earl, com quem passa o tempo livre jogando videogame e (re)criando versões bastante pessoais de clássicos do cinema, até a sua mãe decidir que ele deve se aproximar de Raquel, colega de turma que sofre de leucemia. Contrariando todas as expectativas, os três se tornam amigos e vivem experiências ao mesmo tempo tocantes e hilárias, narradas com incrível talento e sensibilidade.

Crossover com enorme potencial no segmento young adult, o romance é perfeito para fãs de livros e filmes como “As Vantagens de Ser Invisível” e “A Culpa é das Estrelas”.

Título Original: Me and Earl and the Dying Girl 
Autor: Jesse Andrews
Editora: Fábrica 231
Páginas: 288
Avaliação: 2/5

Começo o post com a seguinte indagação: por que capas lindas acontecem com livros chatos? Aliás, a diagramação e os inícios dos capítulos desse livro estão perfeitos, também. Pena que o conteúdo não acompanha.

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Eu, Você e A Garota Que Vai Morrer Jesse Andrews Capa

E sim, eu comprei esse livro pela capa. Ouvi algumas pessoas dizendo que haviam gostado do livro também, mas confesso que se a capa não tivesse me agradado tanto, não o teria comprado.

O que posso dizer desse livro? Sem dúvidas, é uma leitura que foge do padrão. Acho que nunca tinha lido um livro escrito dessa maneira. O personagem, Greg Gaines, conversa com o leitor o tempo todo. E a forma como ele conta os fatos, sempre incluindo suas opiniões pessoais e o que ele queria ter tido mas não disse, realmente é única. Em muitos pontos, é como se fosse um script, o que faz sentido, já que o Greg e seu amigo Earl criam filmes terríveis juntos (é assim que eles mesmos descrevem).

Tudo muda quando uma das meninas que estudaram com Greg é diagnosticada com leucemia e a mãe dele faz com que ele vá fazer companhia a ela.

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Na verdade, o grande problema do livro é que é tudo muito estranho. O protagonista é estranho, a Rachel é estranha, o Earl é estranho… E até a maneira como a história é contada deixa o leitor incomodado. Não consegui em momento algum sentir uma conexão com qualquer um dos personagens.

A grande decepção desse livro é que em vários momentos eu quase gostei dele, mas logo em seguida eu já tinha mudado de ideia. É como se o autor estivesse determinado a fazer desse livro algo tão novo que deixasse para trás pontos básicos, entre eles o de explorar algo com que o leitor pudesse se identificar mais.

E o fim te deixa com uma certeza: você leu o livro mas ele não te levou a lugar algum. Quando acabei de ler, fiquei me perguntando qual a razão de ser desse livro tão… esquisito. Um dos piores do ano, com certeza.

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15
11
2015

Acabei de Ler: Isla and the Happily Ever After – Stephanie Perkins

Finalmente li esse livro, que nada mais é que a história final no universo de Anna e o Beijo Francês, cuja história seguiu com Lola e o Garoto da Casa ao Lado e que agora se encerra com Isla e o Final Feliz, já publicado aqui no Brasil. Porém, como eu havia comprado a edição capa dura logo que ela havia sido lançada lá fora, li o livro em inglês mesmo.isla (mais…)

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