Dark Water foi o início do fim da atual temporada de Doctor Who. Fazia tempo que a série não tinha episódios duplos (ou seja, dois episódios que na verdade são um só) mas a season finale voltou ao formato. E foi surpreendente… do começo ao fim.
Eu consegui assistir esse episódio no meu hotel em Londres, direto da BBC, já que estava passeando por lá. Minha mãe e companheira de viagem assistiu comigo, mesmo sem saber inglês. Foi bem tranquilo, ainda mais com as legendas da própria BBC.
Devo confessar, porém, que tive alguns problemas com Dark Water. O episódio já começa com uma tragédia: a morte de Danny Pink num acidente de carro, enquanto conversava com a Clara no celular. Foi um belo choque, já que ninguém esperava por isso. Pelo menos, não tão de supetão como foi.
O que me deixou extremamente desconfortável foi o tema abrangido no episódio, ou seja, a vida após a morte. Porque é para isso que a história se direciona: completamente tomada pela dor, Clara resolve roubar todas as chaves da TARDIS e jogá-las na lava de um vulcão para destruí-las, chantaqeando o Doctor para que ele volte no tempo e salve o Danny.
É estranho que as chaves sejam tão importantes, já que o Moffat ama tanto a idéia de que o Doctor pode abrir a porta da TARDIS com um estalar de dedos. Mas enfim, o Doctor, percebendo o que a Clara ia fazer, manipula a mente da Clara para que ela acredite estar jogando todas as chaves dele no vulcão, para ver até onde ela iria com seu plano. Percebendo o quanto ela estava determinada, ele decide deixar que a TARDIS os leve para o próximo ponto no espaço e tempo onde as timelines do Danny e da Clara se cruzam, mais ou menos tentando levá-los ao inferno, ou seja, para o além da vida.
É assim que eles chegam na 3W, uma empresa que promete lhe colocar em contato com aqueles que já se foram. Para isso, eles conservam o corpo das pessoas em uma água que só deixa ver a parte orgânica (daí vem o nome do episódio). A Clara tenta então falar com o Danny, que acabou de ser informado da sua própria morte e está em um lugar que aparentemente é o paraíso. Ou algo parecido.
Lá encontramos a tão misteriosa Missy, que é aparentemente um andróide e beija o Doctor. Essa informação é importante quando é revelado que na verdade ela é uma Time Lady e que Missy é um apelido para Mistress, que é o feminino de Master.
O grande plano do Master (ou da Missy, como ela prefere ser chamada) era fazer a humanidade acreditar que as pessoas quando morrem ainda sentem o que seu corpo sente, mas na verdade o que ela fazia era pegar as mentes de quem morreu e fazer um upload na Nethersfere, que é uma tecnologia dos Senhores do Tempo. Depois, ela faria o download nos corpos mortos, fazendo efetivamente que os cemitérios da Terra dessem à luz mas com um porém: em corpos com um pequeno upgrade. Sim, os Cybermen estão de volta.
Olha, eu ainda não assisti Death in Heaven, o episódio final. Quis escrever esse post sem a influência dele. Eu achei interessante a Missy ser na verdade o Master. Nada muito bombástico, já que a teoria era uma das mais prováveis… Acho que a revelação foi até um pouco decepcionante. E apesar de achar legal termos finalmente um Senhor do Tempo regenerando em uma Senhora do Tempo, achei idiota que tivesse que existir mudança de gênero para que toda aquela tensão entre o Doctor e o Master (que existe desde que ele apareceu na série, sejamos sinceros) explodir com um beijo.
E assim acaba Dark Water, deixando a gente esperando pelo próximo episódio e pelas respostas necessárias para fechar a temporada.
Mari, a Nethersphere é tecnologia de Timelords; tenho a impressão de que é a tecnologia da Matrix de Gallifrey, você não acha? Onde todos os fatos ocorridos com todos os Timelords ficam registrados…
[…] para viverem por todo o Reino Unido. O problema é que com a morte de uma das Osgood em Dark Water/Death in Heaven, o equilíbrio que havia sido alcançado foi por água abaixo e uma facção […]