Na ansiedade imensa que eu estava por Jessica Jones semana passada, quase esqueci de ver as notícias de Doctor Who. Acabei descobrindo o ponto principal desse episódio um pouco antes e devo confessar que fiquei surpresa. Face the Raven, décimo episódio dessa nona temporada, foi um episódio com alguns pontos altos e baixos, que são discutidos depois do “Continuar lendo”, que é quando os spoilers tomam conta.
Antigamente, quando uma companion ia embora, se fazia muito mistério e muito drama. Com a Clara, ficamos sabendo dois dias antes que aquele seria seu episódio final. Ainda não acredito que ela não vá voltar de uma maneira ou de outra, mas, para todos os efeitos, sim, Face the Raven foi o último episódio da “impossible girl”.
O episódio traz um personagem que nós conhecemos na temporada passada, Rigsy. Agora casado e com uma filha bebê, ele liga para Clara porque não lembra nada do que aconteceu no dia anterior, mas apareceu uma tatuagem que faz uma contagem regressiva na sua nuca.
O Doctor logo descobre que essa contagem regressiva é até a morte de Rigsy, e como a Clara pede, ele resolve tentar ajuda-lo. Então descobrimos sobre a existência de pequenas ruas alienígenas, lugares onde seres de outros planetas se refugiam.
Para descobrir onde a rua que Rigsy estava se encontra, o Doctor sobrevoa a cidade de Londres com sua TARDIS e Clara, usando um óculos especial e pendurada para fora, vai olhando tudo para que o óculos perceba os locais para onde seus olhos não conseguem olhar.
Nessa cena, Rigsy até se assusta com Clara, que quase cai mas não tá nem aí. Enfim, o Doctor e sua equipe passam então a procurar nas ruas de “Londres” (que na verdade é Cardiff – quem já visitou a cidade reconhece facinho o local que foi filmada a cena) para encontrar o local exato.
Quando eles encontram, quanta surpresa: a rua é um local para refugiados de outros países e quem comanda é a Prefeita Me, ou como nós conhecemos, a Ashildr. Rigsy aparentemente foi condenado à morte por ter assassinado um dos refugiados dali. Para salva-lo, eles devem tentar convencer a todos que Rigsy não cometeu o crime.
Quando a tatuagem acaba a conta, o corvo vai atrás da pessoa e tira a sua vida, e o Doctor, Clara e Rigsy veem como isso acontece. Porém, enquanto o Doctor está investigando, Clara descobre que a pessoa condenada à morte pode passar essa sentença para outra pessoa. Como ela está sob proteção da Prefeita Me, ela pede para que Rigsy passe para ela. Ele reluta, pede para que eles perguntem ao Doctor primeiro, mas ela diz que está tudo bem, que o Doctor encontrará um jeito de salvá-la. Então, eles fazem a troca.
O Doctor descobre então que na verdade a mulher que Rigsy supostamente matou ainda está viva e que aquilo tudo é uma armação para conseguir colocar um bracelete de teletransporte nele. Ashildr havia sido ameaçada e para salvar as pessoas dali tinha que entregar o Doctor. Ninguém iria se machucar e ela iria tirar a contagem regressiva de Rigsy.
Porém, com a troca, Clara mudou as regras do acordo que Ashildr tinha com o corvo, e ela não consegue fazer nada. Clara deverá morrer. E é isso que acontece, após um discurso tocante e uma caminhada valente da personagem para enfrentar o corvo em seus últimos minutos de vida.
Eu queria sentir mais pela Clara, mas grande parte de mim já não se sentia mais feliz com a personagem, então por mais tocante que o discurso tenha sido, não me pegou realmente. Achei também uma morte meio boba. Na teoria, é ótima: ela morreu não para salvar o mundo, mas para salvar apenas uma pessoa. Além disso, ela também morre por consequência de seu comportamento sem nenhum tipo de cuidado. Ou seja, ela morre porque se tornou muito parecida com o Doctor, mas ele é diferente dela, ela é muito mais frágil e por isso acaba morrendo.
Na prática, porém… na prática estava mais do que na hora da Clara ir embora. Na prática, os últimos episódios só reforçaram ainda mais essa ideia. Ela estava sem rumo na história. Não existia mais razão para ela continuar na série. Prova disso é que grande parte do fandom pensa como eu. É triste quando a gente não sente uma companion ir embora. Foi uma saída bonita (novamente, repito: duvido que seja a última vez que vemos Clara na série) mas que perde seu sentido quando a personagem já se tornou supérflua no fim das contas.
A pergunta que fica é: essa morte é para valer?
No geral, foi um episódio que apresentou ideias legais, como as ruas aliens no meio das cidades humanas ou um campo de refugiados. A ideia do corvo que pega as armas (Raven é corvo) também é uma ideia interessante. Mas muito ficou sem explicação e acho que nós não as teremos nas próximas semanas. Fazer o que? É como Doctor Who é agora.
Aliás, ontem fizemos 52 anos de Doctor Who! Feliz aniversário!
Oi, Mariana! Pois é, sou das que acharam que a Clara morreu de uma doença que a vinha atormentando há vários episódios: burrice pura e simples. Muita soberba, muito mimo, muita estupidez flagrante. Ela mereceu, desculpe, ela fez por onde. Por mais que tenham tentado fazer “épico”, não foi, foi simplesmente idiotice dela. Ainda bem que não foi desmembramento e derretimento… O Doctor não foi ampará-la. Não a tomou nos braços. Como assim? O ódio nos olhos dele me lembrou o War Doctor… E ele está sem a Tardis, num lugar desconhecido, que tem alguém que o queria lá. Não… Ler mais
É, infelizmente sim, foi algo que foi crescendo com a Clara nos últimos episódios. Se ela tivesse saído na época certa, talvez eu não me sentisse assim. Mas na situação atual… é, não deu. E vamos ver para onde foi o Doctor, né? Esperar semana que vem.
Eu ainda não assisti,mas não aguentei e tive que ler os spoilers.. Quero baixar para ver hoje O.O
MAs já to vendo que vou sofrer rs
Assista logoooo hahahahaha