No episódio desse último sábado, onde o Doctor estava sozinho 99% do tempo, nós tivemos a resposta para a pergunta: afinal, para onde ele foi teletransportado? Alguns spoilers já tinham sido soltos na internet, mas como sempre, é melhor assistir o episódio para tentar entender toda a história. E foi isso que eu fiz e que recomendo seriamente que você faça também. Se já assistiu, clica no “Continuar lendo” e comente com a sua opinião!
Devo confessar que no começo, não me senti muito segura quanto ao destino do episódio. Tive medo que fosse mais um daqueles que não fazem muito sentido e no fim das contas te deixam ainda mais confuso do que você estava antes de assistir. Vocês sabem que não sou a fã número um do Moffat e que tenho muitas dúvidas com relação a seu brilhantismo como escritor. Porém, quando é preciso que se dê o devido crédito, eu dou, e Heaven Sent foi um episódio muito bom mesmo.
O Doctor tem que tentar descobrir que tipo de lugar é aquele, que parece ter saído de seus piores pesadelos. Aparentemente, ele está em um castelo e uma criatura que o faz sentir medo o persegue, vagarosamente, pelos cômodos, até que ele não tenha mais para onde fugir. Porém, ele consegue fazer com que ela pare: tudo o que tem que fazer é confessar algo.
Ele vai seguindo pistas que alguém deixou para ele para tentar solucionar o mistério. Primeiro, aparentemente, ele tem que cavar para descobrir o que está enterrado num jardim, e que é um recado “estou no 12”. Então, ele tenta enganar a criatura para conseguir mais tempo e encontrar o cômodo número 12. Enquanto isso, quando ele está à beira da morte (e isso acontece repetidas vezes nesse episódio), ele vai para o seu lugar tranquilo na mente, que se parece com a TARDIS, onde a memória de Clara Oswald o ajuda a encontrar as respostas de que precisa para sobreviver.
Porém, ao descobrir a verdade, ele consegue finalmente encontrar o cômodo 12 e finalmente se lembra, ao se deparar com uma parede de diamante extremamente grossa, bem quando a criatura que só pára com uma confissão está logo atrás dele para ouvir a mais importante das confissões: quem é o Híbrido, a criatura formada por duas raças guerreiras, que os Senhores do Tempo acreditavam ser uma mistura de Senhor do Tempo e Dalek, e que poderia acabar com a guerra ou fazê-la piorar.
Porém, essa é a confissão que ele não pode fazer, e a criatura o alcança e o mata, bem na hora que ele dá socos na parede de diamante. Porém, Senhores do Tempo demoram mais para morrer e o Doctor utiliza seus últimos dias de vida para, morimbundo, chegar à sala do teletransporte e usar a energia de seu corpo queimando para usar a imagem que a máquina tem registrada dele e o trazer de volta da mesma maneira que começou.
E é essa a grande sacada do episódio: na verdade, nós vemos o Doctor fazer a mesma coisa várias e várias vezes, para no final acabar da mesma maneira, morrendo exatamente do mesmo jeito e usando seu próprio corpo para alimentar a máquina e trazer a si mesmo de volta.
Nesse ponto, eu já estava tentando entender qual era o motivo de tudo aquilo. E aí nós temos a resposta: o que o Doctor queria era conseguir quebrar a parede aparentemente inquebrável com seus próprios socos. No maior estilo “água mole, pedra dura, tanto bate até que fura” ele consegue isso, após socar a parede por bilhões de anos, sempre passando pelo mesmo processo para atingir seu objetivo.
Quando ele finalmente quebra a parede e chega ao outro lado, surpresa: dunas de areia vermelha, um céu vermelho… adivinha quem voltou para casa? Sim, o Doctor está em Gallifrey. Finalmente, só demorou dois anos até que nós víssemos o planeta vermelho de novo.
Vocês já devem saber que eu tenho muitas reservas quanto à volta de Gallifrey. Muita coisa do episódio especial de 50 anos eu simplesmente não consigo entender ou aceitar. Por isso, não estou exatamente ansiosa para saber o que vai acontecer agora. Mas devo admitir que ver a Citatel ali, embaixo de sua redoma de vidro, foi legal sim.
Ah, e quanto ao Doctor dizendo “the hybrid is me”? Sou só eu que pensa que ele não está se referindo a si mesmo mas sim à Ashildr, ou seja, a Lady Me? Bom, semana que vem a gente descobre.
Eu não ligo de ler spoiler da série, pois nunca é o que parece ahuahuahuhauhauahuha;.. Na verdade, ás vezes os spoilers me ajudam a entender e enxergar o que passa o despercebido.
Estou atrasada com a´série e preciso colocar em dia =/
E tenho a mesma opinião que você sobre o Moffat rs
Beijos
Concordo com você sobre spoiler: a gente sempre tem que assistir mesmo depois de ter lido um, porque sempre tem alguma coisinha que não tava no que você leu.
Assiste sim, esse último episódio foi muito bom mesmo!
Beijos