No oitavo episódio da oitava temporada de Doctor Who, vamos pegar uma carona no Expresso do Oriente, um trem que óbvio se locomove no espaço. Com direito a roupas dos anos 20 e até de uma versão de “Don’t Stop Me Now” cantada pela cantora Foxes (não sei porque, sempre associei essa música ao Doctor do Matt), esse episódio traz um vilão apavorante: uma múmia.
Levante a mão quem já sabia só de ler o nome do episódio que teríamos a piada do “Are you my mummy?”. *olha ao redor* É, foi o que eu pensei: todo mundo e seus cachorros. E não fomos desapontados, ela aconteceu!
O episódio em si foi muito bom: uma múmia que só é vista por aqueles que vai atacar e mata em exatos 66 segundos. O Doctor e outros especialistas no assunto, atraídos ali exatamente por esse motivo, devem desvendar o mistério ou vão todos morrer, vítimas do seu próprio objeto de estudo. A múmia vai escolhendo suas vítimas e uma vez que a pessoa a vê, seu destino está traçado.
Tivemos ótimas cenas, o ritmo do episódio foi bom e realmente te prende na história. Aliás, as roupas de época (apesar de ser um trem do futuro, tudo é estilizado para parecer o máximo possível com os anos 20) de todos estavam lindas.
E lá está Clara, que aparentemente decidiu ir em uma última viagem com o Doctor, para dizer adeus. O ruim foi não ter visto exatamente o que aconteceu logo depois da briga deles em Kill the Moon, o que aniquila o impacto do discurso apaixonado dela. Quando ela saiu da TARDIS com o cabelo mais curto do que o normal, juro que achei que era outra pessoa. Mas não, era ela mesmo, agindo num primeiro momento como se nada tivesse acontecido. Eu esperava algo mais, uma resistência um pouco maior, mas fora o comentário dela que fazem algumas semanas, não temos mais nada.
E após o Doctor resolver o mistério (a explicação para a existência da múmia foi boa) Clara volta atrás e pede para continuar viajando com ele. A impressão que dá é que Clara é viciada na adrenalina… ou que existem outros tipos de sentimento ali. Falando nisso, se todo mundo não estivesse falando que não há qualquer tipo de envolvimento romântico entre os dois, eu não iria ter dúvidas: o episódio inteiro foi cheio de tensão sexual. E quem fala “Eu te amo” para o namorado no telefone olhando daquele jeito para outra pessoa? Estranho. Desculpa aí Capaldi mas falhou.
Enfim, fora o fato de que eu acho que a resolução da briga entre os dois foi bem ruim, o episódio foi bom. Não ótimo, mas… bom.
Sinto muita falta das músicas de Murray Gold para o Matt Smith. Não há envolvimento emocional sem música. Onde está “I Am the Doctor”? Vamos e venhamos, a única música que sobrou foi a da Clara, que é uma das razões que me fazem achar essa mocinha uma chata, como a musiquinha brega dela…
Mas seus comentários procedem totalmente, Mariana. Esse foi um episódio “menos pior”…